Que ele saiba que, invariavelmente, pode contar comigo, nos tempos de celebração e na travessia das longas noites escuras.
É dele também a minha mão. É dele também o meu abraço. É dele também a minha escuta. É dele também o meu olhar amoroso. É dele também os meus melhores sorrisos.
Que se saiba amado muito além do de vez em quando, do por causa de, do se.
Que se sinta amado como é, não interessa com que cara a circunstância esteja. Que se sinta amado simplesmente porque é...

Ana Jácomo
Não me peça para esquecer as cores, meu coração sempre andará com as lembranças felizes.
Tendo na visão do futuro, as flores, o voo dos pássaros, um lindo céu azul com nuvens desenhando belas formas...
E talvez um mar para banhar e salgar as manhãs.
Não me peça para esquecer a imensa beleza da vida.
Apesar de tudo o que já passei, de tantos dissabores, há sempre algo que movimenta a nossa esperança...
Uma criança que nasce para ser amada e ser feliz, uma flor que desabrocha para ser contemplada por quem quiser, um menino que cresce e segue um caminho repleto de luz...

Carol Timm

Afonso

O caminho começou no dia 21 de Dezembro de 2006, o Afonso nasceu em morte aparente, ficando com lesões cerebrais, que lhe causaram paralisia cerebral. Atravessámos longos dias de hospital, dias em que a dor e a preocupação não nos abandonavam mas, desde cedo, percebemos que era um lutador e todos os dias lutamos, com ele, para chegar onde lhe for possível e quem sabe… afinal é um caminho que se faz caminhando...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Mera especulação...

Tenho estado aqui a pensar, a pensar para ver se consigo chegar a algum lado, para ver se consigo perceber.

Porque é que a Mj me apresentaria uma declaração a dizer que o Afonso ia deixar de ter apoio, se não estivesse a cumprir ordens?

Porque é que a representante da Drel, a vice-presidente e a presidente do conselho executivo diriam que a iniciativa tinha partido da educadora se não fosse verdade?

Mera especulação:

Houve uma reunião onde se falou das necessidades dos meninos que cada educadora acompanha.

A Mj informa a Drel e a vice-presidente que o Afonso tem muitos apoios, é muito bem acompanhado pela mãe, está integrado numa boa creche (Estas informações foram-me dadas pela Mj, dizendo que a representante da Drel as tinha utilizado para justificar a saida do Afonso) acrescentando que o apoio que lhe presta não é necessário, não se justifica.

A representante da Drel, diz-lhe que, se o menino não precisa de apoio, então sai da lista. Diz à Mj para falar com os pais, explicar a situação e fazer o desmame gradual até ao fim do primeiro período. (Atitude normal, se a educadora que trabalha com a criança pensa que a criança não tem necessidade deste apoio)

A vice-presidente avisa a Mj que esta informação deve ser transmitida com cuidado aos pais.

A Mj escreve a declaração (como a própria me confirmou, dizendo que assumia que tinha alterado a declaração, na altura não percebi, claro!) para eu assinar.

Eu assino a declaração MAS, acrescento que não concordo e não aceito a situação e peço para me informarem por escrito os motivos da mesma e que se tal não acontecer irei recorrer às instituições disponíveis incluindo os órgãos de comunicação social.

Até aqui tudo bem, se a Mj não mostrar a declaração a ninguém, não haverá qualquer problema pois ninguém saberá o que eu escrevi.

MAS, há sempre uma MAS, o que a Mj não contava era que eu enviasse um mail para o Conselho Executivo a exigir o cancelamento das medidas tomadas (lembro-me perfeitamente quando falei com a Mj na 2ª feira de manhã, ela disse-me que não sabia de mail nenhum).


A presidente do C. Executivo, confronta a Mj com esta situação, que se defende escrevendo, de imediato, o que se passou e pede às duas colegas que confirmem o que está escrito, assinando também a carta.


A carta diz que perante a informação que o Afonso ia ser retirado da lista de apoio, conforme ficara estipulado na reunião, a mãe tinha reagido mal e não aceitava a situação. (Na carta NÃO refere quem mandou retirar o Afonso).

Acrescenta na mesma carta, que na reunião estavam presentes a representante da Drel, a vice-presidente mais as 2 educadoras (o que hoje foi confirmado).

Na carta refere ainda que me informou que irá ser uma situação gradual (o que é mentira, só me informou depois e dizendo que a representante da Drel, lhe tinha dito que ela tinha percebido mal e que o apoio era para ser retirado gradualmente).

Pergunto agora, se a maior parte da carta transmite o que, supostamente, a Mj me disse e o que eu, supostamente, lhe respondi, como podem as colegas assinar, confirmando o que estava descrito e escrito, se não estiveram presentes?

Mesmo sendo MERA especulação, acredito realmente que esta será muito aproximada da verdadeira história.

Fica a questão: PORQUÊ?

3 comentários:

CláudiaMG disse...

Eu acho que o porquê irá ficar no segredo dos Deuses e sinceramente como a culpa não morre sozinha, no meu entender acredito que quer a Mj, quer o Conselho Directivo têm culpas no "cartório".
Primeiro e independentemente do Afonsinho ter muitos apoios, o Afonsinho integra-se no Grupo de crianças que de acordo com a Legislação em Vigor têm direito a estarem inseridas no Programa da Intervenção Precoce e receberem o respectivo Apoio Educativo e não só.....sim porque este Programa não passa só por Apoio Educativo, mas também por outras valências.
Assim e independentemente do Afonsinho ter muitos Apoios, todos eles particulares, em nenhum sítio da Legislação está escrito que uma Criança com muitos Apoios Educativos não tem direito a estar no Programa da IP.
Assim considero que deve ter existido algo que motivou ambas as partes para tal tomada de decisão e muito sinceramente acredito que às duas Entidades dê bastante jeito a alta do Afonsinho.
À Educadora, porque provavelmente tem muitos meninos a quem dar a poio e provavelmente falta de tempo para todos eles, à Escola, à DREL, ao Ministério, ao Estado, etc....porque dará muito jeito certamente terem poucos meninos apoiar......menos meninos = menos gastos!!!
Mas isto sou só eu a ESPECULAR!!!!!

Beijinhos

Dina disse...

Olá amiga

Posso não descobrir o porquê mas, uma coisa te garanto o Afonsinho vai continuar a ser acompanhado.

E se a próxima educadora também não estiver à altura, irei fazer o mesmo: Protestar e reclamar não só apoio educativo mas BOM apoio educativo para o Afonsinho.

Claro, que a Drel se aproveitou da situação mas, quando a educadora diz que o menino não precisa, achas que era a Drel que ia dizer não precisa mas tem direito e tem que ser acompanhado.

Estamos neste pais, Portugal, lembras-te?

Beijinhos

Maria disse...

É desgastante,mas vale a pena lutar,a srª.MJ. não é dona da DREL. E parece-me que ela é que não conhece a lei,melhor será ela a ler bem,mas para grandes males,grandes remédios,nestes casos com pessoas mal formadas é melhor nem falar com elas.Ir directamente á escola onde o Afonsinho pertence começar logo pelo livro de reclamações e a seguie continuar em frente já que me parece que o desejo dos mesmos é Guerra.Arazão vence montanhas e não se brinca com coisas tão sérias.DEUS É GRANDE E NÃO DORME,PODE É DEMORAR UM POUCO MAIS MAS DE CERTEZA QUE DARÁ A RECOMPENSA A QUEM MENTE TÃO DESCARADAMENTE!

BEIJ. COM MUITO CARINHO M.M.

À um ditado que diz "DEUS TARDA MAS NÃO FALHA"

O que é paralisia cerebral?

"A criança com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral que atinge o cérebro em período de desenvolvimento.
(...)A criança com Paralisia Cerebral pode ter inteligência normal ou até acima do normal."

Retirado de "A criança com paralisia cerebral" - Guia para os pais e profissionais da saúde e educação APPC
Hoje caminho, o céu está azul, o sol brilha esplendoroso, oiço o chilrear dos passarinhos e o silêncio...
O silêncio no meu coração,
Os momentos, os meus momentos felizes...
Oiço o riso das crianças, cheiro a maresia que vem do mar, caminho descalça pela areia, continuo a sonhar.
Sonho, que o teu limite é o sonho e que o teu caminho, tem tantos obstáculos, uns já vencidos e outros, tantos outros, por vencer...
Dificil, é este nosso caminho mas, sei que embora seja feito devagar, muito devagar, sei que chegaremos ao destino deste nosso caminho que se faz caminhando...

Dina

Sou uma caminhante na estrada do aprendizado do amor. Às vezes, exausta, eu paro um pouquinho. Cuido das dores. Retomo o fôlego. Depois, levanto e seduzida, enternecida pelo chamado, cheia de fé, eu prossigo. Um passo e mais outro e mais outro e mais outro, incontáveis. Sei de cor que não é fácil, mas sei também que é maravilhoso olhar para o caminho percorrido e perceber o quanto a gente já avançou, no nosso ritmo, do nossos jeito, um passo de cada vez.

Ana Jácomo
E Deus continua susurrando: Não desista, o melhor ainda está por vir...
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Dalai Lama

O amor é um caminho que clareia, progressivamente, à medida em que o percorremos, como se cada passo nosso fizesse descortinar um pouco mais a sua luz.
A jornada é feita de dádivas e alegrias, mas também de imprevistos, embaraços, inabilidades, lições de toda espécie.
De vez em quando, tropeçamos nos trechos mais acidentados. Depois, levantamos e prosseguimos: o chamado do amor é irrecusável para a alma. Desistir dele, para ela, é como desistir de respirar.


Ana Jácomo
Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir. Tanto, que às vezes, quando lembro, eu me comovo. Pelo que há, mas também por conseguir ver.

Ana Jácomo
Nem sempre querer é poder, porque às vezes a gente quer, mas ainda não pode. Ainda não consegue realizar.
Não faz mal: a vontade que é legítima, alinhada com a alma, caminha conosco, paciente, fresca, bondosa, até que a gente possa. Às vezes, isso parece muito longe, mas é só o tempo do cultivo. As flores, como algumas vontades, também desabrocham somente quando conseguem


Ana Jácomo
Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem.
Às vezes cansa, sim, mas combinamos não desistir da força que verdadeiramente nos move.

Ana Jácomo

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