Na terça-feira regressámos à escolinha.
O Afonsinho foi muito bem para a escola, não houve birra no carro e a manhã correu, supostamente, sem nenhum problema.
No regresso a casa, chorou imenso, almoçou muito mal e estava muito ensonado, queixoso e assustado, adormecia por cinco minutos e acordava aos gritos...
Percebi que tinha dores, não sabia onde pensei que seria na anca e acabei por lhe dar um beneruon, claro que já não fomos às terapias...
Ontem a caminho da escola voltou a não haver birra no carro mas, mal parei o carro e percebeu que ia para a escola começou a chorar copiosamente...
Fiquei em pânico, porque já tinha passado por aquela situação no colégio onde esteve o ano passado e a emoção veio ao de cima, quando falei com a educadora e a coordenadora, que me garantiram que era pelo facto de ter estado de férias...
Claro que naquele momento eu era 99% emoção e 1% de razão e pedi desculpa de imediato mas, insistindo sempre que alguma coisa se passava porque o Afonso não chora!!! Birrar sim mas, chorar não!!!
Perguntei-lhe se estava zangado com a educadora, com a S., com a P., que estava sentada ao nosso lado e ele foi dizendo que não, com o olhar, quando lhe perguntei se estava zangado com a educadora de ensino especial, respondeu, por duas vezes com um "sim" perfeito, a P. nem queria acreditar...
A manhã não correu muito bem, uma vez que o Afonsinho não estava muito bem disposto
Hoje quando cheguei à escola fui falar com a educadora de ee e disse-lhe que o Afonsinho estava zangado com ela. Estivemos a falar e ela disse que ele tinha estado todo contente na cadeira no recreio e que tinha tido o melhor comportamento de sempre mas, que para o sentar na cadeira tinha sido muito difícil e que pela primeira vez tinha-lhe prendido os joelhos e os pés com força porque não o conseguia sentar.
A educadora ficou bastante preocupada e explicou-se vezes sem contas mas, como lhe disse estas situações têm que ser valorizadas:
- O Afonsinho tem que se sentir protegido, saber que o ouvimos, valorizamos e damos importância o que nos conta.
- A educadora tem que perceber que apesar das dificuldades motoras ele consegue contar o que se passa.
- O Afonso tem que perceber que tem que estar sentado na cadeira e seguir as regras da sala, fazendo o que lhe mandam fazer.
- O Afonso tem que assumir as suas "queixas", ou seja, tem que conseguir esclarecer as situações, dizendo frontalmente o que o deixa triste ou zangado.