Que ele saiba que, invariavelmente, pode contar comigo, nos tempos de celebração e na travessia das longas noites escuras.
É dele também a minha mão. É dele também o meu abraço. É dele também a minha escuta. É dele também o meu olhar amoroso. É dele também os meus melhores sorrisos.
Que se saiba amado muito além do de vez em quando, do por causa de, do se.
Que se sinta amado como é, não interessa com que cara a circunstância esteja. Que se sinta amado simplesmente porque é...

Ana Jácomo
Não me peça para esquecer as cores, meu coração sempre andará com as lembranças felizes.
Tendo na visão do futuro, as flores, o voo dos pássaros, um lindo céu azul com nuvens desenhando belas formas...
E talvez um mar para banhar e salgar as manhãs.
Não me peça para esquecer a imensa beleza da vida.
Apesar de tudo o que já passei, de tantos dissabores, há sempre algo que movimenta a nossa esperança...
Uma criança que nasce para ser amada e ser feliz, uma flor que desabrocha para ser contemplada por quem quiser, um menino que cresce e segue um caminho repleto de luz...

Carol Timm

Afonso

O caminho começou no dia 21 de Dezembro de 2006, o Afonso nasceu em morte aparente, ficando com lesões cerebrais, que lhe causaram paralisia cerebral. Atravessámos longos dias de hospital, dias em que a dor e a preocupação não nos abandonavam mas, desde cedo, percebemos que era um lutador e todos os dias lutamos, com ele, para chegar onde lhe for possível e quem sabe… afinal é um caminho que se faz caminhando...

sábado, 24 de setembro de 2011

Acupuntura e mesoterapia

Hoje iniciámos o dia com mais uma sessão de acupunctura, que correu muito bem e depois fomos ter com a Sara ao seu consultório em Almada para fazer um tratamento de mesoterapia ao tendão de Aquiles do Afonsinho, que está atrofiado devido ao problema no joelho e à consequente falta de carga.

O consultório da Sara está muito bem equipado e é um espaço muito agradável, fiquei logo com vontade de me deitar na marquesa e fazer uma bela massagem...

O Afonsinho reagiu bem às infiltrações, apesar de se ter queixado com dor não chorou e depois a Sara colocou-lhe ligaduras funcionais, como uma tala, para posicionar de forma correta os pés.



De tarde estivemos a ver um filme, que lhe ofereci, da casa do Mickey Mouse, a sua nova paixão, que ele gostou muito.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Inclusão...

Hoje contámos com a presença da educadora de ensino especial nas terapias.

O Afonsinho esteve no standing, que foi novamente ajustado e posicionado para que a carga seja feita de forma correcta e efectiva. O Afonsinho não reagiu bem, estava desconfortável e quando o tiraram o joelho estava inchado. Parece-me, apesar de não ser entendida na matéria, que se está a desenvolver um inflamação crónica...

O terapeuta ocupacional esteve a explicar à S. o objectivo dos exercícios na tábua elevada (equilíbrio, controlo ocular, controlo de cabeça...), no tapete, no banco sueco, no colchão insuflável, falando-lhe também (e uma vez mais) das estratégias a adoptar no trabalho com ele.

O Afonsinho esteve muito bem na terapia.

Na terapia da fala e fisioterapia, esteve a trabalhar a posição de sentado e controlo de cabeça com grande sucesso, esteve sentado sem fazer hiper-extensão durante toda a sessão apenas com o apoio da fisioterapeuta no braço.
A terapeuta da fala esteve a trabalhar com SPC, os sociais (obrigado, por favor, bom dia, olá, adeus, espere um momento...) o Afonsinho respondeu de forma correta a todas as perguntas da terapeuta.

A terapeuta explicou à educadora de e.e. que os sociais não são trabalhados aos 4 anos mas no caso do Afonsinho já estão adquiridos.

Depois construiu uma frase em SPC «a  mãe pediu para ir buscar leite ao frigorifivo». Sem explicar os símbolos, ou dizer a frase perguntou-lhe se o que estava escrito, na terceira opção, a correcta o Afonsinho disse que aquela era a frase.

Todas as escolhas foram feitas com o olhar a terapeuta explicou à educadora que ia fazer a tabela de comunicação com seis símbolos por página, o que era muito limitado para ele mas, que se tornava mais fácil para o entenderem.

A educadora, para meu GRANDE ESPANTO, disse que tinha dificuldade em percebê-lo. COMO??? Que na sala era mais difícil trabalhar assim com ele e que na terapia podiam ser mais exigentes. A terapeuta da fala não gostou nada do que ouviu (porque será?) e disse-lhe que tinham que desenvolver este trabalho com ele.

Falaram ainda do computador e da avaliação que vamos efectuar.

Como já várias vezes referi, gosto muito do jardim de infância, da coordenadora, das educadoras e das auxiliares, que tudo fizeram no ano lectivo passado para promover uma boa integração do Afonsinho, que foi muito acarinhado e se sentia feliz. Essa integração foi  conseguida a nível do grande grupo, o que para nós e depois do que tinha acontecido na creche foi muito positivo mas, ver que ao fim de um ano ainda não conseguem comunicar com o Afonsinho é altamente frustrante e preocupante.
Este ano vou ser muito mais exigente.
Os objectivos e as estratégias para os atingir, têm que ser definidos  em conjunto quer pela educadora do regular (educadora de sala), quer pela educadora de ensino especial e no fim de cada período, ao contrário do que aconteceu no ano passado, quero uma avaliação como é feita com qualquer outra criança que frequenta o jardim de infância.

Este ano temos todos que fazer mais e melhor em prol do Afonsinho e da sua inclusão real e efectiva.
Temos que lhe proporcionar todas as ferramentas, para potenciar, ainda mais, as suas capacidades e o ajudar a atingir novas competências.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Integração?

Hoje, iniciámos o dia bem cedinho, como já vem sendo hábito. Depois de meia hora a brincar no tapete, agora já sem cunha, pequeno almoço, rotinas de higiene e seguimos para a escolinha.

Hoje, levei os simbolos de SPC para ensinar à A.
Enquanto a educadora contava o número de meninos e meninas, fui colocando as opções para o Afonsinho seleccionar e  poder assim participar. Escolheu o 7 para os meninos e o 13 para as meninas e quando lhe perguntámos quantos meninos havia, ele respondeu 20, que seleccionou entre o 19  e o 21.

Já no tapete, após a canção do bom dia, estiveram a ler o livro que levei " O abraço perfeito". A educadora perguntou quantos corações existiam na capa, alguns meninos responderam 3 outros 4, o Afonsinho respondeu 4, a resposta correta. Depois ela disse que um dos corações estava em cima de uma letra, o Afonsinho respondeu que era no "i", depois começou a ler a história e perguntou aos meninos se achavam que um abraço de uma jiboia era assustador, todos disseram que sim e o Afonsinho também.

A educadora de sala estava fascinada com o Afonsinho, porque percebeu, pelos vistos, pela primeira vez que ele acompanhava tudo o que se passava na sala, já eu, fiquei muitissimo preocupada, porque este trabalho já deveria ter sido feito no ano passado...

A A., continua a mostrar-se muito interessada e muito empenhada em aprender a lidar e a comunicar com o Afonsinho.

De tarde tivemos sessão de sacro, que se prolongou para uma sessão de fisioterapia. A Sara esteve a explorar o novo espaço do Afonsinho e fez imensos exercicios novos com ele. Na rampa, nas bolas, no tapete, utilizando exercicios de Bobath e de Glenn Damon. O Afonsinho adorou e eu também.

A Sara ficou preocupada com a perna do Afonsinho e com o atrofiamento do tendão de aquiles. No sábado vamos ao consultório dela, para fazermos mesoterapia.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Biblioteca infantil

O Afonsinho está a crescer e a sua biblioteca precisa de ser renovada com livros adequados à sua idade, começámos hoje com a nossa campanha «Um livro por mês».

«Todos nós gostamos de abraços e este livro tem abraços de todos os tamanhos e feitios…
Há abraços para namorados e abraços para traquinas. Abraços que surpreendem os aluados e abraços que picam tanto que nem imaginas…
Mas, irás tu encontrar o abraço perfeito? Claro que sim!
Como este livro diz, o abraço perfeito está mesmo debaixo do teu nariz! »
O Abraço Perfeito de Joanna Walsh
Editor: Livraria Civilização Editora

Consulta de Fisiatria

Depois da escolinha, seguimos para a Liga para mais uma consulta de fisiatria.

A médica perguntou-nos quais as nossas preocupações e respondemos o joelho e ela admirada disse mais nenhuma duvida, não me querem perguntar nada sobre a comunicação?

Eu e o F. respondemos que estamos muiiiito preocupados com a perna. Ela disse que o ia mandar fazer uma ecografia aos dois joelhos e explicou-nos que podia ser uma distensão mas também podia ser uma rotura das fibras, que nestes meninos é muito vulgar... Enfim, teceu uma série de considerações, a que não dei muita importância e portanto não consigo transcrever, porque o que me importa é fazer as ecos, saber os resultados e como agir para recuperar totalmente a perna.

Antes de começar a observar o Afonsinho, falou com ele e explicou-lhe o que ia fazer, como resultado o Afonsinho teve a consulta toda de barriga  para cima (posição que mal suporta) com os braços ao longo do corpo, muito quieto enquanto a médica o observava, não se mexeu... foi impressionante e a primeira vez que tal aconteceu!!!

Expliquei à médica as minhas dúvidas e preocupações: o tendão de Aquiles, o posicionamento não só da perna direita (a que está lesionada) mas também na esquerda, a contractura da anca quando dobramos a perna na posição frontal... Tudo resultante da lesão que foi contraída no fim de abril e que após observação por cinco vezes da fisiatra e uma vez pelo ortopedista, não melhorou praticamente nada e está a provocar consequências que poderão vir a tornar-se  bastante graves se não agirmos rapidamente.

A terapeuta da fala esteve a falar com a médica sobre o facto do Afonsinho já saber escrever e ficaram de pensar em novas estratégias para a comunicação em alternativa à tabela de comunicação que a médica considerou de "básica". Vamos fazer avaliação para o acesso ao computador através do varrimento ocular.

Falámos ainda dos resultados dos testes efectuados e a médica ficou muito surpreendida com o percentil da massa óssea (75) bem como o índice de massa gorda e massa muscular.

Como tem, felizmente, acontecido, o Afonsinho continua a surpreender e a médica pediu-nos para pensar com calma sobre tudo o que tinha observado e ouvido nesta consulta, para nos aconselhar sobre os caminhos a seguir.

Vamos então aguardar...

Motricidade fina

Continuo a acompanhar o Afonsinho na escolinha.

Hoje estive a falar com a educadora de ensino especial e ela apresentou-me os objectivos para este ano lectivo: Motricidade fina.

O Afonsinho no ano passado não queria trabalhar individualmente mas, este ano ela pensa que temos que insistir neste trabalho, porque ele tem competências motoras para o fazer com ajuda.

Assim irão trabalhar os enfiamentos, os jogos de motricidade fina (labirintos, encaixes, ábaco), esponjar, digitintas, pintar com stencil's, moldar com plasticina... As histórias irão ser trabalhadas com complemento dos desenhos, para re-contar a história, escolher outro final, identificar as personagens..

Este trabalho irá permitir manter o trabalho e estimulo cognitivo e trabalhar de forma mais intensa a motricidade fina.

Confesso que não estava à espera destes  objectivos, dadas as dificuldades motoras mas, concordo inteiramente com eles e acompanham também os nossos objectivos para este ano de promover o desenvolvimento motor, a motricidade grossa de forma mais intensiva.

Tenho alguns jogos em casa que vou levar para a escola. Este ano vou aproveitar todos os recursos ao nosso dispor, porque em casa não temos tempo para tudo, é simplesmente impossível. De qualquer forma vou também comprar alguns materiais para trabalhar em casa ao fim de semana quando o mau tempo e a chuva chegarem.

Hoje, levámos a cadeira de rodas e as educadoras gostaram imenso da postura do Afonsinho sentado e decidimos que ficava esta cadeira na sala.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dia intenso!!!

O nosso dia começou às 7h30, depois  de brincar um bocadinho no tapete, pequeno almoço e seguimos para a escolinha.

Continuo a acompanhar o Afonsinho na sala. Hoje estive a explicar à A., como colocar as talas e o colete benik e na hora do lanchinho da manhã, ela quis dar-lhe o comer. Expliquei-lhe como devia fazer. Para grande espanto meu, ele reagiu muito bem e a A. conseguiu dar-lhe comer, com grande facilidade.
Fiquei  muito feliz, mais um passinho...

No recreio o Afonsinho estava muito frustrado. Os meninos estavam a fazer corridas e ele não os podia acompanhar e teve que ir brincar com as meninas para os baloiços.

Expliquei-lhe que amanhã levava a cadeira de rodas, para poder correr com os amigos, ficou entusiasmado e os amigos também, que me perguntaram logo se também podiam andar.

Hoje já almoçou bem melhor e depois do almoço estivemos a fazer standing, durante 30 minutos.

Estive ontem a fazer o horário das terapias, ainda falta o  horário da educação especial e para conseguirmos fazer tudo, temos que fazer standing três vezes por dia, em periodos de 30 minutos.

Depois seguimos para a Liga para mais uma sessão de terapia da fala, terapia ocupacional e fisioterapia. O Afonsinho esteve bem mas, notava-se que estava cansado, de tal maneira que na fisio, a ultima terapia, quando estava a trabalhar a posição de gatas, estava de olhos fechados e quase a dormir.

Estamos a entrar num novo ritmo de trabalho, muito mais intenso e ele, tem estado a acordar durante a noite para ir à casa de banho, acorda cedo e obviamente que se vai sentir cansado até entrar no ritmo.

Lanchou bem e seguimos para o nosso tapete. Estivemos a fazer exercícios de alongamento, sentar, rolar, rastejar, carga nos braços, transferências, rampa, bola, carga dinâmica,  talas...

Agora está no standing e depois banho, jantar e cama...

Um dia em cheio, que esperamos que se torne mais produtivo à medida que a resistência dele for aumentando.

Método BOBATH

Bobath é uma abordagem terapêutica e de reabilitação, desenvolvida para o tratamento de adultos, crianças e bebês com disfunções neurológicas, tendo como base à compreensão do desenvolvimento normal, utilizando todos os canais perceptivos para facilitar os movimentos e as posturas seletivas que aumentam a qualidade das funções.
A Bola de Bobath é um dos equipamentos mais utilizados neste conceito. Outros equipamentos são: o rolo, o andador, o espelho, etc... A indicação do(s) equipamento(s) depende(m) do comprometimento neuro-motor e da inabilidade dos movimentos de cada paciente.

O tratamento realizado pela fisioterapia inclui movimentos ativos e passivos, mas só os ativos podem dar as sensações essenciais para a aprendizagem dos movimentos voluntários.

OBJETIVO
O objetivo dessa técnica é diminuir a espasticidade muscular e introduzir os movimentos automáticos e voluntários, a fim de preparar o paciente para os movimentos funcionais, onde o tônus anormal pode ser inibido e os movimentos mais normais, facilitados.
O Método Bobath trabalha com a facilitação do movimento, ou seja, solicita-se ajustamentos automáticos na postura, a fim de produzir reações automáticas de proteção, endireitamento e equilíbrio.
A facilitação, então, baseia-se nas reações de endireitamento (são reações estático-cinéticas que estão presentes desde o nascimento e se desenvolvem, obedecendo a uma ordem cronológica) e nas reações de equilíbrio, a partir dos movimentos que produzem adaptações posturais possíveis para mantê-lo. Dentro da compreensão do movimento normal, incluindo a percepção, usa-se a facilitação de movimentos e posturas seletivas, objetivando-se um aprimoramento da qualidade de vida do paciente.

INDICAÇÕES DO MÉTODO
Variar posturas;
Aumentar o controle sobre esta postura;
Simetria do corpo;
Alongamento;
Propriocepção;
Aumentar ou diminuir tônus muscular;
Estimular reação de proteção e equilíbrio;
Estimular extensão de cabeça, tronco e quadril nas crianças hipotônicas;
Suporte de peso para as mãos;
Trabalhar as rotações do tronco;
Trabalhar a dissociação de cintura pélvica e escapular, facilitando a marcha.

ESTIMULAÇÃO PRECOCE
É aplicado no tratamento precoce de bebês abaixo de um ano, antes que se estabeleçam desordens de postura e movimentos, que em muitos casos podem ser evitadas. O tratamento inclui movimentos ativos e passivos. É uma técnica de reabilitação neuromuscular, que usa reflexos e estímulos sensitivos para inibir ou provocar uma resposta motora, preparando para os movimentos funcionais.
Os pontos chaves de Bobath correspondem às partes do corpo onde o tônus anormal pode ser inibido e os movimento normais facilitados, solicitando ajustamentos automáticos da postura e produzindo uma atividade através de reações automáticas de proteção, endireitamento e equilíbrio.

OS PRINCÍPIOS DE BOBATH
Padrão muscular mais próximo do normal;
Abordagem de posturas de inibição reflexa;
Suprimi padrões anormais antes que possam ser introduzidos;
Paciente recebe o máximo de informações proprioceptivas e esteroceptivas, seja no nível automático, seja em um nível voluntário;
Tratamento individualizado;
Paciente deve ser visto sob um aspecto global.
Informação retirada de: http://www.concursoefisioterapia.com

Método PADOVAN


Este Método está baseado na Reorganização Neurológica, desenvolvida por Temple Fay, neurologista e neurocirurgião americano na Filadélfia, por volta de 1950, nos ensinamentos de Rudolf Steiner, filósofo e pedagogo alemão-austríaco (1861-1925), sobre a natureza do Ser Humano e nos estudos e observações clínicas da pedagoga e fonoaudióloga Beatriz Padovan, que, além disso, acrescentou àquela base seu Método Mioterápico de Reeducação das Funções Orais. (Este método foi publicado pela primeira vez em 1976, na Revista Ortodontia, São Paulo, vol. 9, ns. 1 e 2, jan/abr, sob o título de "Reeducação Mioterápica nas Pressões Atípicas de Língua - Diagnóstico e Terapêutica"). Formou ela, assim, um Método composto de:

a) exercícios corporais, em grande parte derivados da Reorganização Neurológica, na seqüência preconizada por Rudolf Steiner e complementados pela própria Beatriz Padovan

 b) exercícios oro-buco-faciais do Método Padovan de Reeducação Mioterápica das Funções Orais.

ORGANIZAÇÃO E REORGANIZAÇÃO NEUROLÓGICA
A Organização Neurológica é um processo dinâmico e complexo, mas natural, que leva à uma maturação do Sistema Nervoso Central, tornando o indivíduo apto a cumprir o seu potencial genético, ou seja, pronto para adquirir todas as suas capacidades, incluindo a locomoção, a linguagem e o pensamento. Esta Organização Neurológica, que nada mais é do que o próprio Desenvolvimento Ontogenético, consiste nas fases do desenvolvimento natural do Ser Humano (rolar, rastejar, engatinhar, etc.), que são significativamente importantes na definição do esquema corporal e da lateralidade (maturação do próprio Sistema Nervoso Central), tornando o indivíduo apto a dominar seu corpo no espaço, isto é, a poder fazer todos os movimentos que quiser, voluntários e involuntários.

A Reorganização Neurológica consiste na recapitulação daquelas fases do desenvolvimento natural do Ser Humano, que, dessa forma, vai preencher eventuais falhas da Organização Neurológica original.

ANDAR - FALAR - PENSAR
Quando o processo da Organização Neurológica apresenta alguma falta ou falha em seu desenvolvimento, pode-se, através da Reorganização Neurológica, impor os movimentos de cada fase, utilizando-se de exercícios específicos que recapitulam o processo do ANDAR, desde os seus movimentos mais primitivos até o indivíduo alcançar a postura ereta, dominando o espaço com ritmo e equilíbrio.

Trabalhando a maturação do andar, atingimos consequentemente o FALAR, que também é trabalhado com exercícios para a reeducação das Funções Reflexo-Vegetativas Orais, (respiração, sucção, mastigação e deglutição).

Ajudando o indivíduo a melhor expressar seus sentimentos e emoções - equilíbrio psico-emocional - trabalhamos o PENSAR, abrangendo também áreas específicas da percepção auditiva e visual (atenção, memória, discriminação, análise-síntese) e processos do desenvolvimento da fala, linguagem espontânea (fluência e ritmo) e da leitura e escrita.


Informação retirada de: www.padovan.pro.br

Método GLENN DOMAN

É no início da década de 40 que Glenn Doman, fisioterapeuta recém-formado pela Universidade da Pensilvania, teve seu primeiro encontro com o renomado neurocirurgião Temple Fay.

Em meados de 1950 verificou-se que os métodos utilizados para a reabilitação das crianças, os quais eram considerados os mais avançados procedimentos nesta área, estavam sendo ineficazes e os progressos observados não satisfaziam a expectativa da equipe.

Foi então que, através de longas horas e calorosas discussões entre os profissionais integrantes da equipe, chegou-se a um ponto comum: todos os métodos utilizados até então tratavam a criança do pescoço pra baixo, sendo que, em realidade, seu problema encontrava-se do pescoço para cima- a lesão cerebral.

Na busca de um caminho, procuraram compreender o desenvolvimento normal do processo de andar e falar, já que era exactamente o que a grande maioria das crianças com a qual trabalhavam não faziam.

Partiram, então, para a observação dos bebés e suas aquisições. O que encontraram fascinava-os: o itinerário seguido pelo bebê não comportava a mínima variante, não existiam desvios e todas as crianças sadias percorriam o mesmo caminho. Enquanto recém-nascido o bebê mexe os membros e o corpo, porém sem mobilidade. No segundo estágio, com o ventre no chão, move-se do ponto A ao ponto B rastejando. Para o estágio seguinte, aprendendo a dominar a gravidade e sustentando o próprio corpo sobre as mãos e joelhos, erguendo de maneira alternada e cruzada os membros, dá-se o engatinhar. E por fim, obtendo o equilibro suficiente, a sustentação do corpo sobre as pernas, tornozelos e pés, bem como a coordenação e articulação destes, obtém-se o andar.

andar

Ou seja, a criança que permanecia deitada no leito, ou mesmo que conseguia arrastar-se pelo chão, precisaria amadurecer as etapas anteriores antes de conseguir ficar de pé e caminhar.
Por outro lado, ficou notável que caso algum destes estágios fosse abreviado ou mesmo saltado observariam-se conseqüências adversas, tais como coordenação deficiente, a incapacidade para tornar-se inteiramente destro ou canhoto, a impossibilidade de desenvolver dominância hemisférica normal em relação à fala, a inaptidão para ler e para soletrar, etc. E, desta maneira, pode-se constatar que era através do rastejar e do engatinhar em padrão cruzado que os hemisférios cerebrais aprendiam a trabalhar juntos.

E mais, para que estas oportunidades fossem oferecidas às crianças do Centro se fazia necessário levá-las ao chão. Conclui-se, então, que é neste plano que são oferecidas oportunidades para um desenvolvimento normal.


“A ordem na qual os estágios neurológicos acontecem, está de acordo com os diferentes níveis de desenvolvimento cerebral. O desenvolvimento destes estágios com relação ao tempo é variável e depende não só de fatores genéticos, mas sim de freqüência, intensidade e duração dos estímulos enviados ao cérebro pelo meio ambiente, sendo a família fator vital”.

(citação da equipe do Centro de Reabilitação Nossa Senhora da Glória - Instituto Veras-RJ, em seu site)


Quanto ao trabalho desempenhado pelos Institutos, afirma Doman (1989):

Tudo o que fazemos nos Institutos para o Desenvolvimento do Potencial Humano é proporcionar à criança estimulação visual, auditiva, táctil, com mais freqüência, maior intensidade e maior duração, assim como oferecer-lhe oportunidades ilimitadas de exercitar suas funções em perfeita consonância com o modo ordenado como cresce o cérebro”. (p.232)

O Perfil de Desenvolvimento Neurológico
O Perfil Neurológico é um instrumento elaborado e utilizado pelos Institutos para as avaliações e o planejamento das atividades a serem realizadas com o objetivo de alcançar o estágio superior àquele em que se encontra o desenvolvimento da criança. Tal instrumento divide o processo de aquisição das várias funções em sete estágios que, no processo normal de um cérebro não lesionado, tem origem a partir do nascimento e se estende, aproximadamente, até os 6 anos de idade.
Dentre as funções a serem desenvolvidas, tratadas por Doman como inteligências, estão a capacidade visual, a capacidade auditiva, a capacidade táctil, a mobilidade, a linguagem e a capacidade de manuseio de pequenos objetos (coordenação motora fina).

Cabe salientar que Doman faz diferenciação entre três classes de crianças com acometimentos de nível cerebral, sendo que acredita ter encontrado auxílio apenas para aquelas que tiveram lesão cerebral.

Com o intuito de esclarecer descreve: a criança de cérebro deficiente é aquela que, em sua concepção, não desenvolve as proporções normais do órgão, e ele permanece de maneira atrofiada e “ressequida”. A criança psicótica tem o cérebro “geograficamente” normal, porém, com o funcionamento anormal. Já a criança de cérebro lesado é aquela que tem a informação perfeita sobre a constituição do órgão mas que, por alguma razão, na sua concepção, durante o nascimento, ou mesmo de forma acidental ao longo da vida, implanta algum tipo de ferimento à ele.

Se o leitor pudesse contemplar na sala de operação um cérebro lesado, veria um cérebro de qualidade normal  (…) O que há de fundamental é que se trata de um ´cérebro de boa qualidade`, mas lesionado. Pode ter uma lesão grave, ou leve (…), não um cérebro de qualidade inferior.” (DOMAN, 1989; p.263)


A Reorganização Neurológica através da plasticidade cerebral
Ao nascer, o cérebro humano pode ser comparado a uma floresta hipertrofiada de 100 bilhões de neurônios, que são as células nervosas, com milhões de boas conexões aguardando a designação a uma tarefa específica. As várias células e redes neuronais empenham-se na captação dos estímulos que chegam até elas através das vias receptoras e é, justamente, a qualidade, a intensidade e a freqüência das informações enviadas que moldam o órgão e determinam seu funcionamento ainda nos primeiros anos de idade.
É na interação com o meio que a criança aprende a emitir respostas e, neste processo, muitas das conexões são recrutadas para executar serviços específicos, tais como: ver, balbuciar, recordar, arremessar uma bola, etc.
Neste processo de construção, as conexões que não são utilizadas neste período acabam sendo desligadas para sempre. Porém, sendo o cérebro um ecossistema dinâmico, em meio a um ambiente capaz de oferecer-lhe uma dieta rica de informações, tem-se a possibilidade de germinar novas sinapses neurais, constituindo-se, assim, novas ramificações e conexões nervosas. Este novo caminho vai sendo fortalecido à medida que os estímulos enviados seguem com freqüência, intensidade e duração, aumentando o potencial excitatório das células.
Aquilo que na década de 60 Doman chamou de Reorganização Neurológica, ou seja, atribuir a outras áreas sadias a função daquelas lesionadas, a neurociência atual nomeia plasticidade. E para isto torna-se imprescindível oferecer-se um ambiente ricamente neurológico, com estímulos que promovam o restabelecimento integral das funções afetadas.


O papel da família na recuperação da criança com cérebro lesado
Conforme visto anteriormente, é justamente um ambiente rico em estímulos e a intensidade, freqüência e duração dos mesmos os responsáveis pela Reorganização Neurológica do cérebro lesado. Neste contexto, é imprescindível a participação e a dedicação dos pais, já que é, em geral, através desta relação que a criança recebe os estímulos e a motivação para o trabalho.
Por outro lado, como enfatiza a equipe do Dr. Veras, “são eles que passam a maior parte do dia, da semana, do ano, e de suas vidas com seus filhos, são eles que amam seus filhos acima de qualquer coisa” e que são capazes de apostar, mesmo quando todos os diagnósticos e prognósticos médicos não se mostram favoráveis, a fim de verificar as reais limitações de seus filhos bem como suas potencialidades.
É este amor e dedicação aos filhos que torna a participação dos pais peça fundamental neste trabalho. Disciplina, persistência, motivação e esperança são fundamentais aos pais e às crianças que buscam a Reorganização. Lembrando-se que para o cérebro não há final de semana e nem, tampouco, feriados. O trabalho é árduo, porém compensador!

Informação retirada de: www.escolacharlotte.com.br

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Primeiro dia...

Iniciámos hoje a  escolinha, para nós, estamos a iniciar o segundo ano letivo neste colégio, o quarto ano lectivo (ainda que incompletos) desde que o Afonsinho entrou para a escolinha.

Não senti a ansiedade de anos anteriores, nada comparável mas, de qualquer maneira o primeiro dia é sempre o primeiro dia...

Começámos o dia bem cedinho, às 7h30 o Afonsinho já estava acordado e esteve a brincar no tapete até às 8h.

Enquanto tomava o pequeno almoço, estivemos a ver, como já era nosso hábito, a RTP2. Agora neste horário estão a transmitir a "Casa do Mickey Mouse" que é uma série muito interessante. É dinâmica, as histórias transmitem vários ensinamentos, para além de ser divertida e com musica, que o Afonsinho adora.

motor de busca Google
A história de hoje era sobre uma corrida de balões, falava de desportivismo e amizade, de formas (rectângulo, estrela e circulo), contar até 12, fazem perguntas para as crianças responderem, o Afonsinho quer sempre responder, entre outros conceitos para além dos que eu também vou introduzindo, como as cores por exemplo. O episódio acaba por volta das 8h40, o que nos dá tempo para escolher a roupa, vestir, calçar, lavar os dentes, a cara, pôr creme, pentear e sair de casa antes da 9h00, hora de entrada no colégio.

No carro tivemos a birra do costume e quando parei à porta do JI, o Afonsinho estava a chorar, o que não é nada normal mas, calou-se rapidamente e seguimos para a sala de aula.

Já temos uma nova auxiliar. Passei a manhã com o Afonsinho e fui-lhe explicando os posicionamentos a adotar com ele, bem como as dificuldades, a maneira de comunicar, colocar as talas, sentar na cadeira... enfim, muita informação para uma manhã, especialmente para quem acabou de chegar.

A primeira impressão foi muitíssimo positiva e penso que o Afonsinho, vai ficar, uma vez mais, muito bem apoiado.

Dentro de dias devemos ter novidades sobre a quarta auxiliar, que vai apoiar os cinco meninos com n.e.e. mas, especialmente os dois casos motores, o Afonsinho e a M.

Ainda não há novidades da educadora de ensino especial, que continua com o Afonsinho e já começou a trabalhar mas que hoje, e contrariamente ao que eu esperava, não estava na escolinha de manhã, espero que até quarta feira, no máximo dos máximos, marque reunião comigo e me diga os horários de apoio do Afonsinho, já estou a prever mais uma luta...

O Afonsinho esteve muito bem no grande grupo, enquanto era apresentado aos meninos novos, a maioria da sala. Cantaram o "bom dia", "o meu chapéu tem três bicos", servindo a canção para fazerem "linguagem gestual" e o jogo de "comer" palavras e falaram sobre o fim de semana.

O Afonsinho apresenta grandes melhorias no tónus e na posição de sentado, apesar que hoje teve algumas dificuldades, porque têm um tapete novo e as mãos escorregavam, vai ter que se habituar a ele.

Depois e pela primeira vez fez o lanchinho da manhã  na escola um iogurte de bolso da Yoco, não comeu muito mas, teve uma reacção positiva e especialmente não ficou mal disposto, nem bolsou.

Entretanto chegou a hora de desenhar e de sentar na x-panda e claro... BIRRA!!!!!!

Aqui não notamos nenhuma melhoria...

Saiu ao meio dia e foi de mão dada com uma amiguinha no comboio até à porta e os amiguinhos seguiram para o refeitório.

Não correu mal de todo mas, é melhor não pensar muito, porque hoje eu estive lá para o apoiar em tudo, como seria se eu não estivesse???

No regresso a casa, mais do mesmo, birra e mais birra, quer dizer como é tão rápida a viagem tenho que falar só em birra, sem o mais...

O Almoço, sopa de agrião, esparguete com frango e natas e banana, não correu muito bem. Comeu a sopa toda mas, o prato ficou a meio e a banana quase no inicio...

A tarde foi calma, com alguns exercícios, porque esta semana não temos piscina.

O lanche foi uma bomba calórica: mousse de chocolate e um pastel de nata (só a nata, porque não lhe dou a base, porque o folhado é perigoso).

O Jantar também ficou a meio, peixinho com brócolos e batatinha e fruta.

O Standing depois do jantar também não obteve grande colaboração mas lá fez os 30 minutos que estão planeados.

Entretanto comeu bem o nestum e depois da higiene adormeceu sozinho na cama.

domingo, 18 de setembro de 2011

Mais actividades!!!

Este fim de semana dedicámos o nosso tempo a acabar o novo tapete do Afonsinho para começarmos as nossas actividades caseiras, já a partir de segunda feira.

2009
2010
O tapete cresceu e agora tem mais do dobro do tamanho, ganhou uma rampa, duas bolas de bobath, um rectângulo, o banco sueco, o standing e ainda queremos fazer um banco de equilíbrio mas, que como tem que ser forrado com espuma e napa não está só dependente de nós.

Agora, temos espaço para ter junto do tapete todos os produtos de apoio que utilizamos: talas de espuma, moldáveis, de barbas, de mãos, benik, therathogs, bem como as caixas com o SPC, pranchas de trabalho, jogos, puzzles, livros, brinquedos, enfim tudo o que o é necessário para desenvolver um bom trabalho interdisciplinar com o Afonsinho.
2011
Ainda não temos todas as terapias definidas e não sabemos os horários da educação especial. Queremos fazer avaliação para uma nova terapia que promove o desenvolvimento da motricidade grossa e ainda não sabemos como será com a hipoterapia, que por agora está parada, devido ao problema do joelho, de qualquer maneira amanhã, ou o mais tardar terça feira, temos que ter definidos os horários do trabalho em casa, para iniciarmos o novo ano lectivo a todo o "vapor".

O que é paralisia cerebral?

"A criança com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral que atinge o cérebro em período de desenvolvimento.
(...)A criança com Paralisia Cerebral pode ter inteligência normal ou até acima do normal."

Retirado de "A criança com paralisia cerebral" - Guia para os pais e profissionais da saúde e educação APPC
Hoje caminho, o céu está azul, o sol brilha esplendoroso, oiço o chilrear dos passarinhos e o silêncio...
O silêncio no meu coração,
Os momentos, os meus momentos felizes...
Oiço o riso das crianças, cheiro a maresia que vem do mar, caminho descalça pela areia, continuo a sonhar.
Sonho, que o teu limite é o sonho e que o teu caminho, tem tantos obstáculos, uns já vencidos e outros, tantos outros, por vencer...
Dificil, é este nosso caminho mas, sei que embora seja feito devagar, muito devagar, sei que chegaremos ao destino deste nosso caminho que se faz caminhando...

Dina

Sou uma caminhante na estrada do aprendizado do amor. Às vezes, exausta, eu paro um pouquinho. Cuido das dores. Retomo o fôlego. Depois, levanto e seduzida, enternecida pelo chamado, cheia de fé, eu prossigo. Um passo e mais outro e mais outro e mais outro, incontáveis. Sei de cor que não é fácil, mas sei também que é maravilhoso olhar para o caminho percorrido e perceber o quanto a gente já avançou, no nosso ritmo, do nossos jeito, um passo de cada vez.

Ana Jácomo
E Deus continua susurrando: Não desista, o melhor ainda está por vir...
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Dalai Lama

O amor é um caminho que clareia, progressivamente, à medida em que o percorremos, como se cada passo nosso fizesse descortinar um pouco mais a sua luz.
A jornada é feita de dádivas e alegrias, mas também de imprevistos, embaraços, inabilidades, lições de toda espécie.
De vez em quando, tropeçamos nos trechos mais acidentados. Depois, levantamos e prosseguimos: o chamado do amor é irrecusável para a alma. Desistir dele, para ela, é como desistir de respirar.


Ana Jácomo
Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir. Tanto, que às vezes, quando lembro, eu me comovo. Pelo que há, mas também por conseguir ver.

Ana Jácomo
Nem sempre querer é poder, porque às vezes a gente quer, mas ainda não pode. Ainda não consegue realizar.
Não faz mal: a vontade que é legítima, alinhada com a alma, caminha conosco, paciente, fresca, bondosa, até que a gente possa. Às vezes, isso parece muito longe, mas é só o tempo do cultivo. As flores, como algumas vontades, também desabrocham somente quando conseguem


Ana Jácomo
Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem.
Às vezes cansa, sim, mas combinamos não desistir da força que verdadeiramente nos move.

Ana Jácomo

Todos os direitos reservados