Que ele saiba que, invariavelmente, pode contar comigo, nos tempos de celebração e na travessia das longas noites escuras.
É dele também a minha mão. É dele também o meu abraço. É dele também a minha escuta. É dele também o meu olhar amoroso. É dele também os meus melhores sorrisos.
Que se saiba amado muito além do de vez em quando, do por causa de, do se.
Que se sinta amado como é, não interessa com que cara a circunstância esteja. Que se sinta amado simplesmente porque é...

Ana Jácomo
Não me peça para esquecer as cores, meu coração sempre andará com as lembranças felizes.
Tendo na visão do futuro, as flores, o voo dos pássaros, um lindo céu azul com nuvens desenhando belas formas...
E talvez um mar para banhar e salgar as manhãs.
Não me peça para esquecer a imensa beleza da vida.
Apesar de tudo o que já passei, de tantos dissabores, há sempre algo que movimenta a nossa esperança...
Uma criança que nasce para ser amada e ser feliz, uma flor que desabrocha para ser contemplada por quem quiser, um menino que cresce e segue um caminho repleto de luz...

Carol Timm

Afonso

O caminho começou no dia 21 de Dezembro de 2006, o Afonso nasceu em morte aparente, ficando com lesões cerebrais, que lhe causaram paralisia cerebral. Atravessámos longos dias de hospital, dias em que a dor e a preocupação não nos abandonavam mas, desde cedo, percebemos que era um lutador e todos os dias lutamos, com ele, para chegar onde lhe for possível e quem sabe… afinal é um caminho que se faz caminhando...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Um presentinho para a mamã

Hoje o Afonsinho estava muito bem disposto e sorridente.

Agora está apaixonado pelo Pai Natal paraquedista e antes de lhe dar o pequeno-almoço brincamos um bocadinho.
O Afonsinho dá-lhe com os pés e os guizos fazem barulho e ele adora, começando logo a sorrir e a vocalizar. Depois ligo o pai Natal e quando ele lhe toca o Pai Natal começa a cantar, o Afonsinho pára imediatamente de sorrir e com um ar muito sério olha com muita atenção, deve pensar "ainda agora estava calado e de repente começa a cantar?".

Hoje comeu muito bem e rapidamente.

A caminho da escola, só começou a chorar no fim da rua. É preciso ter azar! Íamos nós todos entretidos a cantar e o Afonsinho a colaborar, quando apanhamos uma bela de uma fila, um camião ficou entalado e nós como povo civilizado que somos, apenas com uma faixa a funcionar, não deixavam ninguém passar, até que um carro começou a apitar, lá "tomou" a faixa contrária e conseguimos passar!

Na escolinha portou-se muito bem. A P. disse que agora a B. está sempre em "cima" dele, literalmente, mal vê o Afonsinho quer logo deitar-se em cima da sua barriga. Só pode ser amor!

O Afonsinho reage muito bem ao contacto dos amiguinhos e mostra-se muito interessado em brincar com eles.

Voltou a almoçar muito bem e sem birras.

A caminho de casa, OITO MINUTOS de presente para a mamã.

NÃO CHOROU!!!

Estávamos quase a chegar, a escassos dois minutos, quando desatou num berreiro do tamanho do Mundo mas, para mim, foi o melhor presente que me podiam dar!

Mal chegámos deitei-o na caminha e adormeceu de imediato. Esta é mais uma CONQUISTA que a escolinha nos trouxe.

Infelizmente, meia hora mais tarde tínhamos que sair para a terapia ocupacional.

Hoje, como sempre, o Afonsinho colaborou totalmente. Ele adora esta terapia e este terapeuta.

Esteve sentado no rectângulo, a trabalhar controlo e postura do tronco e da cabeça, força de braços e abertura das mãos (aprovadissimo!!!), sentado no tapete enquanto brincava com um briquedo de causa/efeito, rolar no tapete e hoje também fez estimulação sensorial. Numa "tábua" suspensa por cordas, o Afonsinho esteve deitado de barriga para baixo e para cima, enquanto rodava e andava para trás e para a frente. Este exercício estimula o equilíbrio de cabeça, e permite-o estabelecer contacto visual com o meio que o envolve, responder aos estímulos do terapeuta e aos meus.

O Afonsinho simplesmente ADOROU!!!!



Foi um exercido fantástico, o Afonsinho consegue tirar e exprimir, o prazer que sente.

Claro, que hoje fomos brindados várias vezes, com a sua adorável covinha traquina.

Aqui vamos, a caminho dos 2 anos, felizes e sorridentes!

De barriga para cima...

Ontem a escolinha correu muito bem. O Afonsinho almoçou tudo e a P. sente cada vez menos dificuldades para lhe dar o comer.

Quando cheguei estava a vesti-lo em cima do tapete, de barriga para cima, vestiu o Afonsinho sem qualquer dificuldade, birra ou hiper-extensão. Há uns tempos atrás, era simplesmente impossível vestir o Afonsinho nesta posição, até para mim.

De tarde tivemos fisioterapia e terapia da fala.

Na fisioterapia o Afonsinho fez todos os exercícios com colaboração total. Faz tudo o que lhe é solicitado, sempre muito atento e a coscuvilhar o que se passa à sua volta.

Na terapia da fala reagiu bem aos exercícios. Ontem levei algumas frutas (banana, pera e clementina) para a terapeuta tentar perceber se ele faz "sucção" ou "mastigação". Não conseguimos perceber. Ao colo da terapeuta e com ela a colocar os pedaços de fruta na boca reagiu muito mal, quando veio para o meu colo, comeu de imediato as frutas e não chegámos a perceber o que realmente fazia.

Para a semana voltámos a tentar mas, desta vez, com papa de fruta com bolacha.

Em relação aos exercícios para combater a hiper-sensibilidade foram alterados, passámos da pressão "forte", para estímulos muito, muito suaves. Mais uma fase ultrapassada.

Dentro da boca (intra-oral) há grandes melhorias mas, eu acho que após o inicio da língua ainda há muita sensibilidade. A terapeuta começou agora a focar o trabalho na língua. No resto da boca, por agora, é impossivel avançar no trabalho uma vez que o Afonsinho tem os dentinhos todos a "rebentar" e tem as gengivas inchadas e muito inflamadas.

Selinho do coração...



Hoje, dia em que o Afonsinho, completa 23 mesinhos, recebi um lindo presente: O selinho do coração.

Um miminho da minha amiga Carol.

Este selinho é oferecido aos blogs que tratam bem os seus amigos na blogosfera e que conquistam corações!

Ficam aqui as minhas amigas, que já não são assim tão "virtuais", amigas de coração, de simpatia e empatia, amigas que caminham comigo...



Mãe Sisa - Principezinho

Cristina - Viver devagar

Avó Maria - Maria

Grilinha - Grilices

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Em evolução...


Hoje, o Afonsinho acordou muito bem disposto, comeu muito bem, enquanto víamos o burrinho trotro, que ele tanto gosta.

Enquanto lhe dou a papa, vou repetindo "É a papa; o Afonso está a papar a papa; a papa, é bom" por mais que me esforce a única coisa que ele faz é sorrir e dizer "é bom!", eu digo sim é bom, a papa e ele responde sorridente "é bom!".

Vou continuar a repetir "papa", algum dia há-de de conseguir dizer!

A caminho da escolinha, o choro do costume.

O Afonsinho é ao contrário das outras crianças, só pára de chorar quando entra na escolinha. Quando começamos a subir a escada começa logo a sorrir e quando vai para o colinho da P. já nem se lembra que vinha a chorar.

Hoje estiveram a pintar, a P. disse-me que o Afonsinho pintou com o pé (penso que todos os meninos pintam com os pés porque ainda são muito pequeninos), almoçou bem, sem birra e cada vez faz menos hiper-extensão.

A P. acha que ele evoluiu bastante neste mês e meio que está na escolinha, brinca, manipula com mais facilidade os objectos, já consegue estar de barriga para cima (posição dorsal) e já suporta por bons períodos a cadeirinha.

Disse-lhe que já tinha marcado reunião com o Conselho Executivo e que a Mj não ia mais. Se conseguíssemos trocar de educadora também, iria trabalhar com o Afonsinho primeiro em casa e só voltaria à escolinha após um período de adaptação e conhecimento. Ela disse-me que não seria necessário e que estava disponível para trabalhar com a educadora de IP mas, realmente a Mj não tinha vocação para o trabalho que era necessário desenvolver com o Afonsinho.

Contou-me que ontem o Afonsinho bolsou e ela entrou "pânico", que ele não estava bem, que me tinha que telefonar, ao que a Directora lhe respondeu que eram só uma calças e uma camisola sujas...

Após uma sestinha tivemos mais uma sessão de hipoterapia. Hoje correu tudo bem com o guia terapêutico e a fisioterapeuta. O Afonsinho portou-se muito bem e colaborou nos exercícios. Adorou fazer festinhas ao cavalo, puxou-lhe a crina e até pôs a boca junto do cavalo (viva!!!), sorrindo e vocalizando.

Depois da sessão, esteve a fazer festinhas num cão (pequeninho e meiguinho), esteve mais de 10 minutos em pé. Estava tão atento e interessado no cão que nem se apercebeu que estava em pé.

A fisioterapeuta, disse que ele nem parece o mesmo bebé. Quando ali chegou tinha imensa hiper-sensibilidade e era incapaz de tocar no cavalo. Acha que ele tem evoluído muito bem.

Muito bem, só boas noticias!

Continuamos o nosso caminho, evoluindo, devagarinho mas sempre, sempre para a frente...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sem saldo...

De tarde tivemos fisioterapia e terapia da fala.

Levámos a nova cadeirinha, o massajador do pescoço e as novas bolas das texturas. O Afonsinho fez um brilharete!!!

Sentado na cadeirinha com o massajador no pescoço, ali esteve sentadinho, sem birrar e sem fazer hiper-extensão. Os terapeutas adoraram!!!!

Hoje, o Afonsinho não estava nada colaborante. Mãe com neura, filho com neura!

Não intervi nas sessões, pois estive a falar com a Assistente Social e tentar perceber afinal como funcionavam estas equipas de Intervenção Precoce.

Falou-me que apenas tinha experiência e conhecimento do funcionamento de algumas equipas de Lisboa.

Estas equipas foram, há alguns anos, separadas em Educadoras do Ensino Especial as que trabalham na rede Publica e em Educadoras de Intervenção Precoce, as que trabalham nas IPSIS, Domicilio e no Privado mas, é apenas no nome porque o objecto de trabalho e os objectivos são os mesmos.

Assim, estas equipas estão agregadas a um agrupamento de escola, que funciona como sede, sendo coordenadas por uma educadora da equipa, que para além da coordenação faz também trabalho directo com as crianças.

O objecto deste trabalho são as crianças com necessidades especiais dos 0 aos 6 anos. Tendo prioridade os casos mais graves e os mais novos (acrescentado que o Afonsinho preenchia os requisitos necessários)

O Objectivo deste trabalho é pedagógico. De aprendizagem, de brincadeira, trabalhando os aspectos que permitem desenvolver a parte cognitiva, oral e sensorial.

A Assistente Social alertou-me para o facto de ser extremamente difícil trocar de educadora (até hoje não conhece nenhum caso) e no caso de suspender para o ano será mais difícil obter o Apoio Educativo.

Custa-me, custa-me muito, afinal, é um direito do Afonsinho e que poderia com a educadora adequada produzir frutos mas, o que me interessa que me ofereçam cem frascos de perfume que cheiram horrivelmente mal? São meus por direito mas, nunca os iria usar ou tirar qualquer partido deles, então para que me servem?

O que eu sei é que já delapidei o saldo do meu telemóvel, já chateei o meu marido, as minhas amigas, as terapeutas, já ninguém me pode ouvir... nem eu a mim própria!

Por isso chega, a Mj NÃO volta a trabalhar com o Afonsinho.

Sobre este assunto, ponto final parágrafo.

Afinal, quem manda?


Como tinha agendado com a Mj um encontro para 6ª feira e como pretendo esclarecer todas as situações que se têm vindo a acumular, resolvi ligar-lhe e informá-la que tinha falado, hoje, com a Presidente do Concelho Executivo e que ia haver uma reunião com a presença da representante da Equipa de Apoio às Escolas.

A Mj disse-me que não sabia de nada, eu disse-lhe que não sabia se ela iria ou não estar presente nessa reunião.

A MJ ficou "passada", pensava que essa situação estava ultrapassada, não percebia porque é que estavam a falar novamente no assunto, que ela apenas me tinha transmitido o que lhe mandaram dizer, que eu não tinha percebido mal, que no fim ainda ia sobrar para ela, blá, blá, blá (nunca mais se calava).

Disse-lhe que o Conselho Executivo não me tinha dado uma resposta, apenas me tinha informado que iriam averiguar, tendo contactado a equipa de Apoio às Escolas para esclarecer o sucedido e que NUNCA tinham retirado o Afonso da lista de apoios.

A Mj confirmou que não tinha sido o C. Executivo mas sim a representante do A. E. (representante da Drel) e que a Vice-presidente do C.E. estava presente, que as colegas confirmaram...

Perguntei-lhe afinal a quem é que ela reportava, perguntei-lhe mesmo: "Quem manda em si? Se eu quiser apresentar uma queixa contra si, a quem me dirijo?"

Perguntei-lhe também se as colegas tinha experiência para trabalhar com casos de paralisia cerebral. Respondeu-me que todas tinham crianças com paralisia cerebral e experiência com estes casos.

De forma atabalhoada lá me explicou que o Ministério tinha dado autonomia ao agrupamento e assim supostamente seria eles que mandavam mas, também havia a equipa de Apoio às escolas mas, também havia a Coordenadora da Educação Especial...

Enfim, fiquei na mesma!!!!

NÃO sei quem coordena esta equipa de intervenção precoce MAS SEI que a Mj não é a pessoa adequada para trabalhar com o Afonsinho.

Eu até compreendo que se sinta perdida, que não tenha experiência, que não se sinta apoiada mas, a falta de bom senso e a má formação pessoal não têm nada a ver com esta situação.

A Mj é uma pessoa interessada e disponível mas, que está colocada no lugar errado porque é uma pessoa emocionalmente frágil e imatura e não está preparada para lidar com situações difíceis, crianças e pais que enfrentam diariamente dificuldades enormes.

Não desejo, de todo, prejudicá-la quer pessoalmente ou profissionalmente mas a situação do Afonsinho não se compadece com esta falta de profissionalismo.

Todo o esforço do Afonsinho tem que ser muito bem gerido e muito proveitoso no caminho da sua reabilitação e da sua autonomia.

Tenho um blogue...


Hoje, liguei para o agrupamento de escolas onde está sediada a equipa de intervenção precoce, e após algum esforço, lá consegui falar com a Presidente do Conselho Executivo.

Identifiquei-me e expliquei-lhe que o meu filho era acompanhado pela equipa de intervenção precoce mas, que necessitava de alguns esclarecimentos em relação ao funcionamento e objectivos desta equipa.

Perguntou-me se era a mãe do Afonso, e após a minha resposta afirmativa disse-me que queria falar comigo mas, que ainda não tivera oportunidade. Começou por dizer que tinha havido alguns mal entendidos em relação à saída do Afonso do apoio e que eu não tinha percebido bem.

Que eu TINHA UM BLOGUE e que eles tinham estado a ler....

Não QUERIA acreditar, devo ter ficado azul, amarela, verde, de todas cores...

Expliquei-lhe que a minha casa tinha sido, literalmente, invadida pela a educadora e que me tinham dado a tal declaração para eu assinar e que eu não entendia a hierarquia, não percebia como funcionava esta equipa, que objectivos pretendiam atingir, entretando a Srª Presidente disse-me que se calhar as coisas me tinham sido MAL TRANSMITIDAS...

Combinámos então, para evitar mais MAL ENTENDIDOS uma reunião em que a representante do Apoio às Escolas (representante da DREL da nossa zona) estivesse presente.

Ligou-me à pouco a combinar a reunião para o próximo dia 26 de Novembro às 10h00.

NÃO FAÇO a mínima ideia como sabe que tenho um blogue mas, isso também não é importante, porque tudo o que aqui escrevi e escrevo corresponde à mais PURA e DURA realidade.

Acho que devem continuar a ler, assim, para além de conhecerem uma história de luta e coragem de um bebé, que tantos nos ensina e apenas tem 22 meses, ficam também com algumas notas e informações de avanço para a dita reunião.

Que neura!

Hoje, foi dia de neura. Mãe com neura, Afonsinho com neura.

De manhã, o pequeno almoço, foi bastante tranquilo e o Afonsinho comeu muito bem.

A caminho da escolinha, o choro do costume, quanto mais alto eu punha a música, mais alto ele chorava.

Que neura!

Zanguei-me com ele e quando cheguei à salinha, já lá estava a Mj, com uma amiguinha do Afonsinho ao colinho. Entreguei-o à P. e disse-lhe que hoje estava zangada com ele. Entreguei-lhe o almoço e a sobremesa e preparei-me para vir embora.

A P. saiu da sala para guardar uns casacos e começou a conversar comigo em voz baixa. Disse-me que a Mj não estimulava o Afonsinho e que não via nenhuma vantagem em estar com ele e que interferia na sala.

Disse a P. que ia marcar reunião com o Conselho Executivo do agrupamento, para tentar perceber a hierarquia, os objectivos desta equipa de intervenção precoce e o plano de intervenção.

Quando fui buscar o Afonsinho, a Mj já não estava.

O Afonsinho almoçou muito bem e estava cheio de sono.

A P. disse-me que a Mj tinha sentado o Afonsinho um bocadinho na cadeira mas que ele reagira mal e depois esteve sempre no tapete. Disse-me que ela fala com ele mas não o estimula e quem lhe esteve a ler uma história, tinha sido ela. Interferiu no trabalho da sala estando sempre a inter-agir com as outras crianças, a directora já lhe disse que tal não podia acontecer mas a P. não sabe como lhe dizer. Disse que hoje o Afonsinho estava sozinho no tapete e ela estava a brincar e a pegar ao colo outra menina.

Pedi, desculpa à P. e disse-lhe que já tinha solicitado a reunião.

Está decidido enquanto não esclarecer a posição desta equipa e em particular desta educadora, não volta a trabalhar com o Afonsinho.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

De manhã... começa o dia!


O Afonsinho, dormiu praticamente a noite toda, acordou para beber o leitinho mas, adormeceu logo de seguida.

Voltou a acordar com as galinhas, 6h45 e esta mãe (que só pensa em trabalho), pôs logo a água a correr e lá fomos, trinta minutos de "hidroterapia de banheira", depois uma massagem com creme hidratante e ficámos prontos para o pequeno almoço.

Hoje como o pequeno almoço foi um bocadinho mais cedo estivemos a ver a Ilha das Cores na Rtp2, uma história sobre as aves marinhas, o Pinguim.

O Afonsinho comeu muito bem.

A caminho da escola, o choro do costume.

Hoje, comeu papa de fruta na escolinha, porque tem que almoçar mais tarde, pois vamos experimentar mais uma aula de hidroterapia com um técnica de Psico-motricidade.

Quando o fui buscar à escolinha. Espanto dos espantos, quem é que lá estava? Pois é a Mj, perguntei-lhe porque estava ali e ela respondeu-me que já me tinha dito, que quando faltasse algum menino elas podiam utilizar esses tempo com os casos mais graves. Respondi-lhe que me tinha acabado de o dizer mas, ela insistiu que já me tinha dito. Nem vale a pena responder.

Não tem mesmo bom senso nenhum, então acha que pode ir ter com o Afonsinho quando quer e bem lhe apetece, sem me informar?

A escolinha recebeu o Afonsinho de braços abertos mas, longe de mim, querer abusar ou passar qualquer limite.

Nunca a Mj iria à escola, para além do dia e da hora estipulada, sem primeiro eu falar com a directora e solicitar a sua autorização para essa situação.

Confesso, que cada vez menos entendo esta senhora.

Na sexta-feira combinámos que passaria na nossa casa para falarmos sobre o plano pedagógico e nessa altura vou ter oportunidade para lhe dizer tudo o que penso: sobre ela e sobre o trabalho desenvolvido com o Afonsinho.

A P. estava com uma cara fechada (porque seria?) e disse-me rapidamente que o Afonsinho tinha estado a manhã cheio de sono mas, que comeu bem.

O Afonsinho estava a dormir, ao colo da Mj, quando o fui buscar e veio na cadeirinha a dormir.

Não sei se a hidroterapia de banheira logo pela manhã é positiva, realmente ele fica relaxado mas, se isso o impede de brincar e tirar partido da escolinha...

É tão difícil conseguir conjugar todas as necessidades que o Afonsinho tem, precisávamos de um dia com 48 horas mas, como sempre na nossa casa impera o bom senso e a prioridade, é sempre, o bem estar do Afonsinho.

Vamos tentar organizar as nossas "tarefas" para que ele consiga tirar o melhor partido de tudo o que faz.

Lindo demais...


Este fim de semana, acordou cheio de sol e bem disposto.

Estávamos muito entusiasmados, pois finalmente íamos conhecer um dos meninos que diariamente acompanhamos. Já somos tão amigos, que vibramos com cada vitória, entristecermos-nos quando algo corre menos bem, como se das nossas vitórias ou tristezas se tratassem.

Conforme combinado dirigimos-nos ao parque a C. estava entusiasmada por ir conhecer o "nosso" querido Baunilha e a sua linda irmã a Chocolate.

Brincaram, brincaram e brincaram...

Andaram de escorrega, de baloiço, no balancé, subiram as cordas, treparam por pontes, comandaram navios...

Foi uma manhã em cheio.

O Afonsinho, esteve mais quietinho do que é costume mas, ainda andou um bocadinho de escorrega e esteve a brincar com os seus carros das misangas.

ADORÁMOS!!!!

A C. quando chegou a casa, não se calava, pai, ele é tão lindo; pai devias ver os caracolinhos; pai e os óculos, sempre a tirar os óculos; pai é tão engraçado...

A C. adorou estar com a Chocolate mas ficou simplesmente apaixonada pelo Baunilha!!!

Foi muito importante este encontro, a paralisia cerebral do Baunilha é, felizmente, bastante mais ligeira que a do Afonsinho mas, transmite-nos grande esperança, de que é possível ir mais além, um bocadinho mais além...

Para a C. foi como uma renovação de esperança. Ela sempre acreditou no Afonsinho mas, depois deste encontro ficou com forças renovadas para lutar, ainda mais, pelo seu lindo maninho.

"Afonsinho, viste o Guilherme? É como tu vais ser daqui a algum tempo!"

É lindo demais, não é?

O que é paralisia cerebral?

"A criança com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral que atinge o cérebro em período de desenvolvimento.
(...)A criança com Paralisia Cerebral pode ter inteligência normal ou até acima do normal."

Retirado de "A criança com paralisia cerebral" - Guia para os pais e profissionais da saúde e educação APPC
Hoje caminho, o céu está azul, o sol brilha esplendoroso, oiço o chilrear dos passarinhos e o silêncio...
O silêncio no meu coração,
Os momentos, os meus momentos felizes...
Oiço o riso das crianças, cheiro a maresia que vem do mar, caminho descalça pela areia, continuo a sonhar.
Sonho, que o teu limite é o sonho e que o teu caminho, tem tantos obstáculos, uns já vencidos e outros, tantos outros, por vencer...
Dificil, é este nosso caminho mas, sei que embora seja feito devagar, muito devagar, sei que chegaremos ao destino deste nosso caminho que se faz caminhando...

Dina

Sou uma caminhante na estrada do aprendizado do amor. Às vezes, exausta, eu paro um pouquinho. Cuido das dores. Retomo o fôlego. Depois, levanto e seduzida, enternecida pelo chamado, cheia de fé, eu prossigo. Um passo e mais outro e mais outro e mais outro, incontáveis. Sei de cor que não é fácil, mas sei também que é maravilhoso olhar para o caminho percorrido e perceber o quanto a gente já avançou, no nosso ritmo, do nossos jeito, um passo de cada vez.

Ana Jácomo
E Deus continua susurrando: Não desista, o melhor ainda está por vir...
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Dalai Lama

O amor é um caminho que clareia, progressivamente, à medida em que o percorremos, como se cada passo nosso fizesse descortinar um pouco mais a sua luz.
A jornada é feita de dádivas e alegrias, mas também de imprevistos, embaraços, inabilidades, lições de toda espécie.
De vez em quando, tropeçamos nos trechos mais acidentados. Depois, levantamos e prosseguimos: o chamado do amor é irrecusável para a alma. Desistir dele, para ela, é como desistir de respirar.


Ana Jácomo
Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir. Tanto, que às vezes, quando lembro, eu me comovo. Pelo que há, mas também por conseguir ver.

Ana Jácomo
Nem sempre querer é poder, porque às vezes a gente quer, mas ainda não pode. Ainda não consegue realizar.
Não faz mal: a vontade que é legítima, alinhada com a alma, caminha conosco, paciente, fresca, bondosa, até que a gente possa. Às vezes, isso parece muito longe, mas é só o tempo do cultivo. As flores, como algumas vontades, também desabrocham somente quando conseguem


Ana Jácomo
Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem.
Às vezes cansa, sim, mas combinamos não desistir da força que verdadeiramente nos move.

Ana Jácomo

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