Que ele saiba que, invariavelmente, pode contar comigo, nos tempos de celebração e na travessia das longas noites escuras.
É dele também a minha mão. É dele também o meu abraço. É dele também a minha escuta. É dele também o meu olhar amoroso. É dele também os meus melhores sorrisos.
Que se saiba amado muito além do de vez em quando, do por causa de, do se.
Que se sinta amado como é, não interessa com que cara a circunstância esteja. Que se sinta amado simplesmente porque é...

Ana Jácomo
Não me peça para esquecer as cores, meu coração sempre andará com as lembranças felizes.
Tendo na visão do futuro, as flores, o voo dos pássaros, um lindo céu azul com nuvens desenhando belas formas...
E talvez um mar para banhar e salgar as manhãs.
Não me peça para esquecer a imensa beleza da vida.
Apesar de tudo o que já passei, de tantos dissabores, há sempre algo que movimenta a nossa esperança...
Uma criança que nasce para ser amada e ser feliz, uma flor que desabrocha para ser contemplada por quem quiser, um menino que cresce e segue um caminho repleto de luz...

Carol Timm

Afonso

O caminho começou no dia 21 de Dezembro de 2006, o Afonso nasceu em morte aparente, ficando com lesões cerebrais, que lhe causaram paralisia cerebral. Atravessámos longos dias de hospital, dias em que a dor e a preocupação não nos abandonavam mas, desde cedo, percebemos que era um lutador e todos os dias lutamos, com ele, para chegar onde lhe for possível e quem sabe… afinal é um caminho que se faz caminhando...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Cheio de hematomas...


Hoje, o Afonsinho acordou muito cedinho e foi o papá que tratou dele, uma vez que tinha um exame para ir fazer e tinha que estar na clínica às 8h.

O papá deu-lhe duche, o pequeno almoço, preparou-lhe o almoço e levou-o à escolinha.

A mamã, que estava com uma bela neura, não conseguiu levantar-se, não foi fazer o exame e acordou às 11h...

Quando fui buscar o Afonsinho, a P. já não estava, de imediato reparei nos enorme hematomas que o Afonsinho tinha nas pernas. Quando perguntei à C. o que se tinha passado ela disse-me que a P. não tinha deixado nenhum recado.

Eu não sou, nem nunca fui, daquelas mães que ficam "histéricas" quando os filhos têm um arranhão ou uma nódoa negra. Em relação ao Afonsinho então sou precisamente o contrário e faço sempre as perguntas mais "estúpidas" (especialmente para quem está de fora!):

Ele chorou? Ele teve dor? Ele percebeu que o tinham magoado (quando foi um amiguinho por exemplo)?

Todos estes sentimentos que o Afonsinho, felizmente já apresenta, demonstram uma enorme evolução e mostram-no que ele entende de forma adequada cada situação que lhe provoca dor e tristeza.

O que me deixa triste, é o facto de não me dizerem , neste caso de não sido deixada a informação e desta vez os hematomas estavam mesmo muito feios e precisava de saber o que tinha acontecido, para tomar as medidas mais adequadas. Com a falta de informação, foi mesmo gelo o que fiz e vamos esperar que a situação fique por aqui...

2 comentários:

CláudiaMG disse...

Bem amiga, das duas uma ou não se aperceberam ou esqueçeram-se mesmo de dizer.
Mas em qualquer das situações eu amanhã perguntaria o que tinha acontecido, vais ver que irá existir uma explicação lógica.

Já agora eu nas nódoas negras do Guilherme coloco-lhe várias vezes ao dia um gel à base de arnica (existem várias marcas e compra-se na farmácia) que faz milagres, principalmente quando apanhamos os hematomas logo no início.

Beijinhos e as melhoras do Principe

Maria disse...

"D" Tens que comprar "GEL DE ARNICA" é o que usamos nos hematomas, do "G" depois de ele deixar por o gêlo...quando deixa claro.
Eu estou com o coração nas mãos, só de pensar no "G" na escola, ele caí muito.
Beijinhos especiais para todos vocês
:) M.M.G.

O que é paralisia cerebral?

"A criança com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral que atinge o cérebro em período de desenvolvimento.
(...)A criança com Paralisia Cerebral pode ter inteligência normal ou até acima do normal."

Retirado de "A criança com paralisia cerebral" - Guia para os pais e profissionais da saúde e educação APPC
Hoje caminho, o céu está azul, o sol brilha esplendoroso, oiço o chilrear dos passarinhos e o silêncio...
O silêncio no meu coração,
Os momentos, os meus momentos felizes...
Oiço o riso das crianças, cheiro a maresia que vem do mar, caminho descalça pela areia, continuo a sonhar.
Sonho, que o teu limite é o sonho e que o teu caminho, tem tantos obstáculos, uns já vencidos e outros, tantos outros, por vencer...
Dificil, é este nosso caminho mas, sei que embora seja feito devagar, muito devagar, sei que chegaremos ao destino deste nosso caminho que se faz caminhando...

Dina

Sou uma caminhante na estrada do aprendizado do amor. Às vezes, exausta, eu paro um pouquinho. Cuido das dores. Retomo o fôlego. Depois, levanto e seduzida, enternecida pelo chamado, cheia de fé, eu prossigo. Um passo e mais outro e mais outro e mais outro, incontáveis. Sei de cor que não é fácil, mas sei também que é maravilhoso olhar para o caminho percorrido e perceber o quanto a gente já avançou, no nosso ritmo, do nossos jeito, um passo de cada vez.

Ana Jácomo
E Deus continua susurrando: Não desista, o melhor ainda está por vir...
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Dalai Lama

O amor é um caminho que clareia, progressivamente, à medida em que o percorremos, como se cada passo nosso fizesse descortinar um pouco mais a sua luz.
A jornada é feita de dádivas e alegrias, mas também de imprevistos, embaraços, inabilidades, lições de toda espécie.
De vez em quando, tropeçamos nos trechos mais acidentados. Depois, levantamos e prosseguimos: o chamado do amor é irrecusável para a alma. Desistir dele, para ela, é como desistir de respirar.


Ana Jácomo
Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir. Tanto, que às vezes, quando lembro, eu me comovo. Pelo que há, mas também por conseguir ver.

Ana Jácomo
Nem sempre querer é poder, porque às vezes a gente quer, mas ainda não pode. Ainda não consegue realizar.
Não faz mal: a vontade que é legítima, alinhada com a alma, caminha conosco, paciente, fresca, bondosa, até que a gente possa. Às vezes, isso parece muito longe, mas é só o tempo do cultivo. As flores, como algumas vontades, também desabrocham somente quando conseguem


Ana Jácomo
Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem.
Às vezes cansa, sim, mas combinamos não desistir da força que verdadeiramente nos move.

Ana Jácomo

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