Está a chegar ao fim mais uma Legislatura, quatro anos, onde deputados e governo tiveram a RARA oportunidade de fazer a DIFERENÇA, na nossa vida, cidadãos portugueses.
Em 21 de Dezembro de 2006, no dia de nascimento do meu terceiro filho, comecei a viver a minha vida em dois mundos paralelos, apesar de continuar a habitar na mesma casa, na mesma Freguesia, no mesmo Concelho, no mesmo Distrito, no mesmo País…
O meu bebé, saudável e perfeito, nasceu em morte aparente em paragem cardio-respiratória, após sofrer uma asfixia grave que lhe provocou lesões cerebrais graves. Ficou com sequelas neurológicas – paralisia cerebral e epilepsia mioclónica.
Após dois anos e meio, de luta diária, de desgaste emocional e físico, de combate, atrás de combate, para fazer A DIFERENÇA na vida do meu filho, encontrar as terapias, os terapeutas, as ajudas técnicas que possam ajudar na sua reabilitação, na optimização das suas capacidades, que nos ajudem a fazer A DIFERENÇA, decidi hoje escrever-lhe, porque estou cansada de tanta DISCRIMINAÇÃO.
O meu marido tem desde de Março de 2002, um seguro de empresa, que se estende a todo o agregado familiar na Ocidental Seguros (Médis), quando enviámos informação para integração do Afonso no seguro, foi RECUSADO.
Em 21 de Dezembro de 2006, no dia de nascimento do meu terceiro filho, comecei a viver a minha vida em dois mundos paralelos, apesar de continuar a habitar na mesma casa, na mesma Freguesia, no mesmo Concelho, no mesmo Distrito, no mesmo País…
O meu bebé, saudável e perfeito, nasceu em morte aparente em paragem cardio-respiratória, após sofrer uma asfixia grave que lhe provocou lesões cerebrais graves. Ficou com sequelas neurológicas – paralisia cerebral e epilepsia mioclónica.
Após dois anos e meio, de luta diária, de desgaste emocional e físico, de combate, atrás de combate, para fazer A DIFERENÇA na vida do meu filho, encontrar as terapias, os terapeutas, as ajudas técnicas que possam ajudar na sua reabilitação, na optimização das suas capacidades, que nos ajudem a fazer A DIFERENÇA, decidi hoje escrever-lhe, porque estou cansada de tanta DISCRIMINAÇÃO.
O meu marido tem desde de Março de 2002, um seguro de empresa, que se estende a todo o agregado familiar na Ocidental Seguros (Médis), quando enviámos informação para integração do Afonso no seguro, foi RECUSADO.
Enviei esta semana um PEDIDO DE ESCLARECIMENTO, ao Instituto de Seguros de Portugal e recebi resposta via telemóvel, deixaram uma mensagem de voz na minha caixa de correio, sem identificação da pessoa que prestou o esclarecimento, com a seguinte mensagem:
«Efectivamente devido ao princípio de liberdade contratual a companhia é livre de recusar a celebrar o contrato»
EFECTIVAMENTE, o meu filho começou a ser vítima de DISCRIMINAÇÃO, ao segundo minuto de vida, apenas porque se encontrava MORTO AO PRIMEIRO MINUTO DE VIDA.
Convido-os a conhecerem alguns meninos, o Afonso, o Guilherme, o João Manuel, o João Pedro, o Lucas… meninos tão especiais
Caminhacaminhando.blogspot.com
Penso que vão perceber, porque precisamos de vocês, porque votamos, porque gostaríamos de nos sentir, EFECTIVAMENTE, representados no Parlamento.
Somos uma família DIFERENTE.
Diferente no amor, diferente na partilha, diferente na alegria que sentimos, por ter o enorme privilégio de conviver com o Afonsinho e a enorme felicidade de poder amar assim.
AMOR, SIMPLESMENTE AMOR…
A nossa história que é curta quando medida em dias, é já um caminho longo, um caminho dificil e cheio de obstáculos mas nós acreditamos que um a um vamos conseguir ultrapassá-los, porque o nosso caminho é um caminho que se faz caminhando…
Dina Oliveira Mota
4 comentários:
Neste País, principalmente quem nasce cá,e nunca trabalhou a não ser em Portugal, e sempre cumpriu as suas obrigações,só temos deveres,pior, somos sempre discriminados muitas vezes até antes de nascermos!
Este País, é uma má mãe, e muito boa madrasta....
Beijos com muito amor
:) M.M.G.
Pois tens razão, nesta nossa geração eu sinceramente já não tenho muita esperança, mas a proxima (a geração dos nossos filhos) pode vir a ser diferente, cabe-nos a nós educa-los nesse sentido.
beijinhos
Cristina
http://blogs.clubedospais.pt/ccsantos
Seria bom que conseguíssemos convencer outras mães, pais, etc... a não se queixarem apenas verbalmente, mas que começassem a reclamar sempre por escrito aquilo que é, por direito, dos nossos filhos!
A Cristina tem razão: o futuro dependerá da maneira como educaremos as novas gerações.
Mas confesso que tenho receio de muitas formas de (des)educação de que me vou apercebendo de vez em quando...
Mas aquilo que está ao nosso alcance não pode ficar para amanhã, não é?
Beijinhos
Querida Dina,
Lute sempre, pois sua luta é digna, é limpa, é franca e é linda.
Lute pelo bem do teu menino, porque além de seres uma mãe maravilhosa para teus filhos, especialmente o Afonso, és um exemplo para todas as mães, para aquelas que tropeçam em pequenos problemas e para aquelas, que como tu, tem imensos desafios e precisam encontrar força!
Continue lutando, porque ainda que tenhas que superar-se todo dia nos outros desafios paralelos que surgem, já sabes melhor que ninguém que os frutos colhidos com as imensas vitórias, superações antes inimagináveis do valente Afonso, já são colhidas todos os dias.
Que a tua fé, seja sempre alimentada no sorriso lindo do pequeno, que cresce e se torna cada dia mais feliz.
Eu me inspiro sempre no teu exemplo para lutas que tenho e sinto que se tu podes ir em frente tão confiante, tão amorosa, há muita força nesse AMOR que temos que semear e aprender durante toda nossas vidas.
Parabéns por todas essas vitórias e muita alegria em compartilhar essa tua história de luz.
Beijos e boa semana!
Carol
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