Após uma manhã onde o Afonsinho trabalhou imenso, seguimos para a terapia ocupacional e terapia da fala, continua o nosso trabalho intensivo.
Hoje não assisti à terapia ocupacional, porque após a sacro tive que ir a "correr" buscar o G. que teve hoje exame de Português, dar almoço ao Afonsinho e correr para ir buscar a C., que ainda não tinha almoçado, assim, enquanto ele ficava na terapia fui lhe dar almoço.
Após o almoço o senhor do café perguntou à C. se queria sobremesa, ela queria uma gelado mas, como não têm multibanco e não há nenhum perto, disse-lhe que tinha pouco dinheiro e que depois de pagar logo via se podia comprar o gelado ou não. O sr. disse-me que não tinha problema e que depois logo pagava e que já não era a primeira vez que eu ia lá.
Afinal as moedinhas na carteira chegaram (e sobraram) para pagar o almoço e eu disse ao sr. que eu infelizmente ia ali praticamente todos os dias e que ia continuar a ir porque o meu bebé era acompanhado na Liga.
Ficou sensibilizado e contou-me um caso de uma senhora, também com uma menina, hoje já com 18 anos, que também está na Liga e perguntou-me o que aconteceu, depois de lhe contar do parto, disse-me com ar revoltado e emocionado se os médicos tinham sido punidos e se eu tinha sido indemnizada.
Respondi-lhe que isso nunca me interessou e que desde o primeiro momento sempre canalizámos as nossas energias e a nossas forças para a reabilitação e recuperação do Afonsinho, que podia até ter sido um erro médico mas, não negligência porque tanto eu como ele tínhamos sido muito bem assistidos, no máximo foi um erro humano, como nós todos os dias erramos nos nossos empregos, com os nossos amigos, os nossos familiares...
Estava um grupo de mulheres de etnia cigana no café e juntaram-se ao balcão e começaram a dizer que estavam emocionadas e que me estavam a ouvir e não podiam deixar de falar, que tivesse fé, porque tudo se iria resolver...
Saí de lá, uma vez mais com o coração feliz, não sei explicar porquê mas, disse à C. que a partir de hoje vamos ter mais pessoas a pensar e a rezar pelo Afonsinho e isso, para mim, é muito positivo é a corrente de amor que faz e vai fazer a diferença...
Na terapia da fala continuam os exercícios de respiração para a emissão de som. O Afonsinho estava pouco participativo, muito molinho e cheio de soninho.
Falámos da consulta de neuro-pediatria e disse à R. que não percebi a "viragem" do médico e que nas ultimas consultas todos os médicos referem a massa muscular do Afonsinho como sendo de extrema importância e que não percebo muito bem porquê.
Eu sei que é, obviamente, muito importante desenvolver massa muscular e preservar a "forma" física para que no futuro se possam atingir determinados ganhos.
Ela explicou-me que o desenvolvimento da massa muscular é um GRANDE INDICADOR para a possibilidade de adquirir marcha.
Muito bem, então já percebi e claro, gostei muito!!!
Estive também a falar com ela sobre a "cena" protagonizada pela C. (ex-fisio) na terça-feira e disse-lhe que para mim tinha ultrapassado todos os limites e que a partir de agora ia mudar de atitude com ela.
A R. explicou-me que a Rita não tinha que ser tratada de maneira diferente das outras estagiárias mas, obviamente, tinha que ser respeitada e tratada de forma correcta.
Disse-lhe que a Rita não era estagiária da C., não estava a assistir à sessão dela, para além de ter sido CONVIDADA para assistir.
Disse-lhe que a Rita não era estagiária da C., não estava a assistir à sessão dela, para além de ter sido CONVIDADA para assistir.
Portanto para a C., quando a Rita a cumprimentou, era a TERAPEUTA DA PISCINA que trabalha com o Afonsinho, que ela conhece como tal, a quem recebeu com a maior simpatia e disponibilidade, prontificando-se para ajudar em tudo o que fosse necessário, tendo inclusive, recebido um convite, que aceitou, para ir assistir às aulas de natação, que a estava a cumprimentar e não a estagiária mas, mesmo que fosse uma "simples" estagiária merece, aliás como qualquer pessoa, desde a senhora da limpeza até à presidente, todo o respeito.
A R. deu-me razão, dizendo que cada pessoa tinha a sua atitude... ou seja, disse eu, estamos apenas a falar de falta de educação e de formação!!!
A R. deu-me razão, dizendo que cada pessoa tinha a sua atitude... ou seja, disse eu, estamos apenas a falar de falta de educação e de formação!!!
Nem vale a pena, perder mais tempo com este assunto, para mim CHEGA!!!
Não vai voltar a ver a mãe simpática e sorridente, porque felizmente, se há coisa que nunca aprendi a ser foi cínica!!!
Ponto final.
4 comentários:
Dina,
Não quero que, por minha causa, surja algum mal estar entre si e a C.
Para mim, o mais importante é que goste do meu trabalho, que se sinta feliz com os progressos do Afonsinho...
Se, quando comecei a trabalhar, ficava aborrecida se alguém me apresentava como professora de natação ou outra designação que não correspondia à realidade, agora já não tenho qualquer reacção, porque sei que as pessoas, às vezes, não o fazem com intenção e que não é para me desvalorizar (ou pelo menos quero pensar que não!).
Estou com a minha consciência tranquila de que faço o melhor que sei e que dou tudo o que tenho! E, mais importante do que tudo, só quero o bem do Afonsinho ou de qualquer outra criança.
Uma das coisas que aprendi na faculdade e à qual dou muito valor, é que devemos trabalhar sempre em equipa, precisamos todos uns dos outros e ninguém deve ter a ideia de que sabe tudo! Eu tenho as minhas limitações, daí, como sabe, também ter decidido tirar uma 2ª licenciatura. E mesmo assim, tenho quase a certeza que não vou parar por aqui :) (o João que não leia isto)
Bom, o texto já vai longo... só queria mesmo que soubesse que não quero que arranje problemas por minha causa. Promete?
Beijinhos grandes
Rita
Olá Rita.
Claro que não PROMETO!!!
1º Porque não faço promessas.
NUNCA!!!
Porque sempre me ensinaram que só devemos prometer o que conseguimos cumprir, portanto para não falhar não faço promessas.
Quando são assuntos muito importantes,apenas costumo dizer que são "desejos fortes do meu coração" e tento realizá-los.
2º Não admito faltas de respeito a NINGUÉM.
Eu SEMPRE tratei e trato as pessoa como elas merecem, independentemente da sua formação literária ou profissão.
3º Porque, como sabe, fui MUITISSIMO CORRECTA com ela e mesmo contra a minha vontade e a minha intuição NUNCA teria mudado de terapeuta se ela conseguisse ter horário disponivel e compativel com as necessidades do Afonsinho.
4º Não estou a arranjar NENHUM problema e muito menos por sua causa. Se alguém tem algum tipo de problema é ela.
5º Eu falo imenso com as pessoas (como sabe) e dou sempre mais uma oportunidade e mais outra...
Mas recuso a desgastar-me com quem não quer ver, não sabe pedir desculpa e mantém atitudes agressivas como auto-defesa.
Só para concluir, se não vou chegar atrasada à fisioterapia, esta situação vem de Janeiro, desde que elaborámos, ou ela elaborou, os objectivos e eu não concordei com ela...
Temos pena...
Beijinhos especiais para si, de quem gostamos mesmo MUIIIITO....
Outra coisa!!!
Ela não a cumprimentou como professora de natação, foi incorrecta e muito mal educada, porque apenas lhe disse, "Ah, a cara de touca!!!"
Às vezes apetecia-me mesmo baixar o nivel... e aí se lhe respondesse à letra é que iamos ter realmente problemas!!!
Meu Deus, realmente sou mesmo muito bem educada!!!
Que tal pensar que a dita cuja é transparente .....e não lhe dar importãncia, ...eh...eh...Acho que não vai dar, né???
Beijocas gordas e especiais ao meu Guerreiro...:)
M.M.G.
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