Hoje o Afonsinho só tinha fisioterapia e depois da conversa de terça-feira, pedi para falar com a equipa. Ainda ponderei falar só com a fisioterapeuta mas, achei que poderia não reagir da melhor forma e então decidi falar com a equipa e assim não deixar que pudesse surgir qualquer mal-entendido.
Esta conversa tinha a ver com os horários do próximo ano. Perguntei à fisioterapeuta e responsável de caso se já tinha falado com os outros terapeutas mas ela ainda não tinha tido oportunidade de falar.
A questão que coloquei foi simples: O que é melhor para o Afonso?
Expliquei que para o ano, o Afonsinho não podia continuar com este esquema (que é altamente desgastante para ele) e como vai estar noutra sala, teria que estar a tempo (quase) inteiro, ou seja entrar às 9h00, fazer as actividades que começam às 9h30, almoçar às 11h30 e dormir para depois seguir para as terapias.
Expliquei ao TO e à TF que a fisioterapeuta não tinha horário à quinta-feira e como eles tinham comprovado hoje, puderam ver como estava o Afonsinho depois de ter descansado, ele precisava dormir na escolinha antes de ir para as terapias.
A fisioterapeuta disse que ia tentar mudar mas, que era praticamente impossível e eu disse que estava preocupada, pois a outra fisioterapeuta que tem horários livres agora, pode muito em breve deixar de os ter, porque vão entrar novos meninos e daqui a pouco não vou ter nem uma terapeuta nem a outra.
Disseram-me que não era habitual e que não podiam guardar horários para o próximo ano e a fisioterapeuta disse-me que também não era usual mudar de terapeuta a meio do ano mas, se quisesse ficar com o horário teria que mudar já!!!
Disse-me que ia falar com a Directora do Programa e expor-lhe o caso.
Falei com ela e perguntei-lhe se queria que falasse com a Directora em conjunto com ela, disse-me que não era necessário. Não insisti mas, acho que esta situação se exige a alteração da fisioterapeuta devida ser falada na minha presença.
Expliquei-lhe que não queria que ela pensasse que queria mudar de terapeuta, nem era nada contra ela e que era uma conversa difícil mas necessária, disse-me que percebia perfeitamente e que não precisava de ficar preocupada.
Fiquei logo preocupada, afinal já a conheço bastante bem e vi bem o que estava a sentir por baixo da "máscara" criada para me transmitir estas palavras.
Gosto imenso da outra fisioterapeuta, que apesar de não ser terapeuta do Afonsinho trabalha imensas vezes com ele mas, nunca pediria para trocar de terapeuta se o horário da fisioterapeuta fosse compatível com as necessidades do Afonsinho.
Para terminar a conversa disse-lhe que ficasse bem claro, que se tivesse que escolher entre o horário e a terapeuta, queria o horário.
Durante a conversa aconteceu uma situação curiosa. Enquanto estávamos a falar a fisioterapeuta sentou o Afonsinho à frente dela e deixou de trabalhar, entretanto o terapeuta ocupacional pegou nele e enquanto conversávamos estava a trabalhar com ele.
Quando cheguei a casa contei a conversa ao meu marido e disse-lhe que apesar de aparentemente ter reagido bem, a fisioterapeuta não gostou nada da conversa e o que me transmitiu não foi o que estava a sentir, ele disse-me que ela era imatura e possivelmente não sabia lidar com estas situações.
Amanhã, tiro a prova dos nove mas, ou estou muito enganada ou amanhã, não me vou cruzar com a fisioterapeuta, apesar de estar a trabalhar ao lado da nossa sala ...
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