Assim, o Afonsinho tomou o pequeno - almoço um bocadinho mais cedo, enquanto víamos A Ilha das Cores na Rtp2, gostou tanto da história da Palmira e do Jeremias, em especial da musica, que em vez de comer só olhava para a televisão.
Começou a reunião explicando-me o funcionamento da intervenção precoce e os fracos recursos que dispunham. Não têm acordos ou protocolos estabelecidos com outras entidades e estão dependentes do Ministério da Educação.
A educadora explicou-me que o trabalho, era direccionado para as necessidades da criança e não da família, que era um trabalho coordenado com a educadora da sala e que ela iria seguir o trabalho que estivesse a ser feito no momento (por exemplo se a P. estivesse a cantar ela iria incentivar o Afonso a participar), que era muito importante ele estar integrado, porque nesta idade os pares são muito importantes para o desenvolvimento, porque o Afonso pode aprender por imitação.
Disse-me também que falasse sempre com ela se tivesse alguma duvida, se houvesse alguma coisa que não gostasse, se a educadora me dissesse alguma coisa... e eu interrompia-a.
Disse-lhe que a educadora era uma óptima profissional, muito competente, disponível, interessada e muito reservada e que só me diria alguma coisa se fosse muito grave!!!
Estive sempre calada a ouvi-las e penso que esta reunião tinha sido muito útil e até necessária no inicio do ano lectivo mas, neste momento há algumas coisas que foram ditas (como a necessidade de integração na creche) que já não fazem sentido.
Falei-lhes do Afonsinho, do parto e do índice de Apgar, do diagnóstico e de todo o trabalho desenvolvido, de todas as terapias que faz , para que não restasse qualquer dúvida.
Falhei-lhes dos diferentes estágios. O motor, o mais comprometido e atrasado, do cognitivo, que apresenta grandes capacidades, com atraso próprio, de quem não têm as experiências vividas para a sua idade cronológica e do afectivo, adequado à sua idade mas, com utilização da patologia (hiper-extensão) para mostrar desagrado.
Disse-lhes também que tendo em consideração o quadro do Afonsinho, com padrões bastantes diferenciados dos apresentados como normais para crianças com paralisia cerebral tetraparésica espástica ou distónica ou mista,(depende de quem avalia), tínhamos optado (pais e escola), por uma sala onde o Afonso pudesse ter apoio mais individualizado (a sala tem cinco crianças), trabalhando as posturas (sentar, deitar de barriga para cima, sentar num banco) e a manipulação. A educadora da sala, faz trabalho cognitivo adaptado ao Afonso mas, o que pretendemos desde apoio de é um reforço em termos de trabalho cognitivo.
Disse-me que agora ia conhecer o Afonso e estabelecer uma relação de simpatia e empatia com ele, por forma a que ele a aceite e colabore com ela.
Disse-me que já tinha trabalhado com meninos com PC e perguntou-se se usava colete. Contou-me que este ano só tem bebés, por volta dos 2 anos, e que os meninos "dela" tinham sido todos integrados na escola primária este ano.
Combinámos então, que na próxima terça feira irá conhecer a escolinha, o Afonsinho e a P.
Viva, Viva!!!!
Perguntou-me como tinha corrido a reunião e disse-lhe que até tinha gostado da educadora mas, depois de tudo o que aconteceu, vamos ver...
De tarde tivemos fisioterapia e terapia da fala.
2 comentários:
Parabéns mãe "D" tudo está a começar a compor-se.Um beijão ao rapazito a partir de agora udo vai ser mais fácil a mana também está de parabéns, beij.a todos M.M.G.
Como eu fico contente com todas estas boas notícias.
Primeiro com as notícias da Escola da C., tens aí uma linda menina, depois com o facto de já terem nova Educadora e de o Afonsinho estar a fazer imensos progressos.
Só boas notícias mesmo e vai assim...caminha....caminhando!!!!
Beijinhos
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