Nova sessão com a educadora.
Estive, a conselho de muitas amigas, a quem agradeço, muito calma e serena e usei de todo o meu bom senso para não julgar e fazer juízos precipitados.
Quem me conhece, sabe, que não é fácil...
Coloquei um CD (caixinha de sonhos) que tem musicas infantis que toda a gente conhece, para criar um ambiente mais alegre e descontraído e em especial agradar ao Afonsinho que adora este CD.
Começou por sentar o Afonsinho dentro da piscina de bolas, logo (felizmente rapidamente) começou a trabalhar com ele no chão, com uma bola que produz som, o Afonso tentava empurrar a bola com as mãos e após alguma espera e como a educadora não falava com ele, comecei a incentivá-lo a vocalizar, dizendo que era a "bola", recebendo de imediato a colaboração e atenção dele. Passámos depois para a mesa de actividades, com o Afonso sentado no colo da educadora, mais uma vez nada de falar com ele, então comecei a dizer que era "a borboleta", "o piano", " a vaca, que fazia mum, mum... e nada. Depois o Afonsinho foi brincar no tapete com o ginásio, comecei a cantar as musicas pensando que ela seguiria o meu exemplo mas, nada. Assim, correu uma hora e meia, comigo sempre a incentivar o Afonsinho em vários brinquedos, e apenas ouvi o já famoso "olá", hoje felizmente bem mais baixo (será que alguma das minhas amigas lhe foi contar o que escrevi?).
Sinceramente, não entendo, a educadora falou imenso comigo, contando histórias e situações de outras crianças mas, uma vez mais não tomou a iniciativa, "obrigando-me" a intervir por forma a que o tempo gasto pelo Afonsinho fosse, minimamente, aproveitado. Assim podemos dizer que hoje o Afonsinho brincou com a mãe sobre a supervisão da educadora.
Agora, o que não gostei mesmo (pensavam que ia deixar passar, nã!)
Primeiro que tudo, mandam as regras da boa educação, não se deve, NUNCA, falar de outros casos que acompanha, muito menos fazê-lo dizendo o nome das crianças e das mães a que se referia (como é que diz o ditado? Nas costas dos outros vejo eu as minhas!)
Depois, apesar de educadamente, lhe ter dito que tinha deixado cair uma tampa (uma coisa de plástico) do sapato (que vinha agarrado da rua) e que o ia pôr no lixo, não tirou os sapatos, apesar de me dizer que tinha que comprar umas pantufas de enfermagem ao que eu lhe respondi que as outras terapeutas trabalhavam com meias mas, de nada serviu e continuou em cima do tapete onde o Afonsinho coloca a cara, o corpo e as mãos, calçada. Não sei o que acham mas, estou a pensar fazer-lhe um desenho!!!
O que me parece, é que esta educadora está mais "talhada" para casos sociais, do que para necessidades especiais.
Parece-me também, que terá pouca experiência e revela, sem dúvida, alguma imaturidade.
Enfim, continuo sem perceber o trabalho que se pretende realizar nestas sessões, por isso, para a semana há mais, esperamos que não seja mais dos mesmo.
P.S. É verdade perguntei-lhe, no meio de tanta conversa, se as educadoras da equipa eram educadoras do ensino especial, respondeu-me que tinham todas especialização.
1 comentário:
Bem minha amiga, e eu a pensar que a vossa 2ª sessão iria correr bem melhor.
Por um lado acho que ela ainda está a conhecer o Afonsinho, quais as suas necessidades e quais as áreas que deverá estimular, por outro considero que a abordagem dela não está a ser a melhor, pois pelo que contas, ela pouco interage com ele.
O que achas de na próxima sessão falares com ela sobre as tuas expectativas sobre o Programa de Intervenção Precoce, abordares de uma forma serena que pensavas que estas sessões tinham outro objectivo, que iriam estimular outras áreas, nomeadamente a cognição.
Acho que lhe devias dizer que esperavas outro tipo de abordagem com o Afonsinho, visto ela já estar a ser seguido por diversos Terapeutas e daí pensares que estas sessões tivessem outro intutito.
Quando o Guilherme entrou no Programa, a primeira coisa que fizeram foi uma avaliação global do desenvolvimento com 1 Fisioterapeuta e 2 Educadoras. Posteriormente esse relatório foi-me enviado e para variar eu discordei dele. Na primeira sessão que tivemos com a Educadora disse-lhe que considerava o Relatório muito geralista e incompleto, pelo que achava que as necessidades do Guilherme tinham sido mal avaliadas na altura.
Nessa primeira sessão aproveitamos para falar as duas e fazer uma análise do que tinha sido, das minhas expectativas e do que era previsto ser feito.Entretanto ela ía avaliando o Guilherme pelas coisas que ele fazia, quando chegáms ao fim ela disse-me que efectivamente a avaliação que tinha sido feita tinha algumas lacunas, pelo que ela iria alterar o Plano que tinha previsto para ele.
A partir daí, começamos a ter um contacto mais intenso e sempre que necessário ajustamos as coisas às necessidades do Guilherme, inclusivé com a ajuda da Terapeuta Ocupacional.
Com tudo isto quis só explicar-te um pouco do nosso percurso.
Quanto às restantes situações da Educadora, não as compreendo. Inclusivé acho que não é nada ético falar-se de outras situações.
Quanto aos sapatos, além do desenho, faz-lhe um procedimento....LOL...onde está escrito a proibição de utilização de sapatos nas salas das terapias.
Beijinhos
CláudiaR
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