Hoje, recebi um telefonema da equipa de Intervenção Precoce da nossa zona. Tinha pedido ao Centro de Paralisia Cerebral, em Janeiro, para referenciarem o Afonsinho mas, o pedido que chegou à equipa foi o enviado pela Fundação Liga em Julho, 2 ou 3 dias depois de lhes ter solicitado.
O Afonsinho foi seleccionado para ser acompanhado por uma educadora de intervenção precoce, durante o ano lectivo 2008/2009 com inicio em 15 de Setembro.
Falei com a educadora sobre os dias que o Afonsinho já tem terapias, 2ª e 4ª de manhã e de 3ª a 6 ª à tarde.
Resposta imediata - "Temos que ver bem, porque o Afonso já TEM MUITOS APOIOS"
???? Desculpem???? Muitos apoios????
Claro que já estou muito mais expedita nestas situações e prontamente lhe respondi que eram apoios PRIVADOS e CAROS e que seriam substituidos, por este prestado por esta equipa.
Este país é um verdadeiro espectáculo!!!
Primeiro foi seleccionado mas, após algumas informações sobre a morada (afinal, numa zona supostamente mais in), as terapias (que nem sabem quais são e onde as fazemos), deduzem de imediato: Estes pais podem, não precisam...
Já ouvi, mais vezes do que devia, que se deixei de trabalhar para acompanhar o Afonsinho era porque podia.
Que sabem estas pessoas, sobre a nossa vida? Que sacrifícios foram e são feitos em prol da recuperação do Afonso?
Claro que num país diferentes, todas as crianças, todas as pessoas teriam direito aquilo que necessitam, neste caso às terapias GRATUITAS que podem fazer toda a diferença!!!!
Esperamos, com alguma curiosidade, para ver actuar esta equipa.
5 comentários:
Olá "d"
Acerca do Grupo da Intervenção Precoce da nossa área, o primeiro impacto também não foi o melhor.
No nosso caso referenciei no Centro de Saúde da zona o Guilherme em Dezembro de 2007, em Fevereiro de 2008 marcam-nos uma avaliação ao Guilherme para perceberam quais seriam as suas necessidades, isto após eu ter preenchido uns 6 anexos e entregue toda a documentação médica do Guilherme. Pois só por volta da Páscoa , tendo sido necessário eu ir ligando todas as semanas é que sou informada que teremos direito a uma Educadora do Ensino Especial para ajudar o Guilherme na parte cognitiva 2 vezes por semana, a começar no 3.º período escolar. Fui também informada que não teria direito a mais terapias pois o Guilherme já se encontrava a fazer muitas terapias.
Felizmente a Educadora é uma excelente pessoa e muito dedicada ao Guilherme e este ano lá consegui que o Guilherme fosse novamente integrado no Programa, depois daquelas confusões todas com a CIF.
No entanto lembro-me de uma situação caricata que foi o facto da Educadora te-me questionado se eu queria que o Guilherme fosse avaliado pela Terapeuta da Fala do Programa de Intervenção e claro que eu disse que sim, qual não foi o meu espanto quando ela me liga e diz-me que nós não temos direito a ter apoio para a Terapia da Fala, pois o nosso IRS é elevado....elevado??? Questionei eu, mas como sabem se é elevado ou não se eu nem sequer entreguei o IRS...pois não me souberam explicar, a situação é que no nosso caso quanto menos terapias eles pagarem melhor para o estado.
Já agora e para terminarmos o assunto, este ano ainda não sei quando começa a Intervenção Precoce. Falei com a Educadora, mas ela infelizmente não foi colocada no agrupamento da nossa área, por isso agora só nos resta esperar. Uma coisa é certa, para a semana vou começar nos meus telefonemas e a pressionar a equipa, senão nunca mais temos apoio.
Beijinhos
CláudiaR
Querida D.
A intervenção precoce actua num nível diferente. São técnicos que não substituem outros. São específicos e julgo que o Afonsinho não tem nenhuma terapia comoe essa. Actua muito a nível social, cognitivo e de autonomia.
O Afonso, quer os pais tenham ou não possibilidades económicas, tem direita a intervenção precoce. Todos têm. Não depende da capacidade económica.
Por isso entendo bem a indgnação.
Beijos
Isto de fazerem comentários do tipo "Temos que ver porque ele já tem muitos apoios" dá vontade de lhe dar com um "apoio" qualquer na cabeça! Gostava de ver se fosse um filho próprio se também não lutavam para que tivesse todos os apoios que tem direito e de que precisa! Ainda por cima da Intervenção Precoce!!!
O JM tem poucos apoios. Muito poucos, mesmo. Mas só não lutamos por muito mais por questões de saúde.
E se alguns apoios são particulares não quer dizer que não possa usufruir dos públicos na mesma. Têm é que se criar condições que acompanhem a realidade! Até porque há ainda, hoje em dia, muitas crianças que não têm apoios nenhuns porque nem são referenciadas para nada! E esses?
Isto é mesmo revoltante!
Existem nestas situações um grave problemas é que mesmo no privado não conseguimos encontrar terapeutas especialista em pediatria e neurologia. Quando encontramos algo semelhantes estamos a falar de 40 a 50 € por hora. Quem é que pode pagar isto? Ok, faz-se um sacrifio mas, esse sacrificio (leia deinheiro) dá para quanto? 4 ou 5 vezes por mês? E o resto do tempo?
Estas, as nossas, crianças precisam de apoio diário, precisam de vária terapias diferentes, no caso do Afonsinho de leite especial, de suplementos alimentares, de consultas privadas e podia continuar...
Enfim, vamos mudar de assunto e seguir em frente, aprendendo a ter alguma "esperteza" e levando a àgua ao nosso minho, que é como diz, no interesse dos nossos lindos filhos.
Todos meninos, já repararam?
Beijinhos mamãs
Nóa por cá também estamos preocupadas sem saber como vai ser com o nosso Baunilha mas a Claúdia ainda hoje me disse que segunda feira lá vai começar na vida dela de telefonar a toda a hora para saber como vai ser pois a nossa H. da intervenção prec. ainda não foi colocada e tanto que o Baunilha gostava dela e nós também...pois é uma pessoa fora de série enfim é Portugal ............beij. com muito carinho mãe da ClaúdiaR.
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