Disseram-me: “Mãe, quando eu digo que ele está melhor, é porque está mesmo melhor”.
Não entendi esta afirmação mas, depois no balanço final de cada dia entre o deve e o haver pensei: Será que demonstro que não acredito no que dizem?
Durante estes meses, aconteceu exactamente o inverso, eu via evoluções, melhorias, pequenos ganhos, passinho a passinho mas sempre sustentado, sem nunca voltar atrás e recebia ecos contrários. Houve um médico, por volta dos 7 meses, que me disse, com um ar muito arrogante: “Mãe, isto não é uma questão de meses mas, sim de anos”, como se eu não estivesse à altura, como se eu fosse desistir (afinal eles já tinham desistido) de lutar pelo Afonso e com ele, como se fosse completamente estúpida e incompetente.
Até agora, não estava habituada a ouvir as palavras, “inteligente” “evolução” “melhorias”, “fantástico”, "isto é cognição", entre tantas outras, positivas e encorajadoras. Às vezes penso, vou perguntar o significado destas palavras, o que pensam realmente os terapeutas? Acreditam que o Afonso pode vencer as limitações? Mas confesso, tenho medo, muito medo da resposta, talvez por isso quando oiço estes incentivos sinto-me feliz mas, inconscientemente o medo sobrepõe-se a este sentimento. São tantos sentimentos, tantos e tão contraditórios que o meu coração deve ter a forma de um laço, com um grande nó, de tantas voltas que já deu e dá.
Eu acredito mas, da mesma forma que não penso nas limitações futuras, como se consegue pensar em limitações com um bebé tão lindo e amoroso como ele? Também tento não pensar no futuro sem limitações, porque o que mais desejo neste Mundo, é que ele consiga ultrapassar todas as etapas, mesmo que seja muito devagar mas, que chegue aonde queremos e precisamos de chegar…
Não entendi esta afirmação mas, depois no balanço final de cada dia entre o deve e o haver pensei: Será que demonstro que não acredito no que dizem?
Durante estes meses, aconteceu exactamente o inverso, eu via evoluções, melhorias, pequenos ganhos, passinho a passinho mas sempre sustentado, sem nunca voltar atrás e recebia ecos contrários. Houve um médico, por volta dos 7 meses, que me disse, com um ar muito arrogante: “Mãe, isto não é uma questão de meses mas, sim de anos”, como se eu não estivesse à altura, como se eu fosse desistir (afinal eles já tinham desistido) de lutar pelo Afonso e com ele, como se fosse completamente estúpida e incompetente.
Até agora, não estava habituada a ouvir as palavras, “inteligente” “evolução” “melhorias”, “fantástico”, "isto é cognição", entre tantas outras, positivas e encorajadoras. Às vezes penso, vou perguntar o significado destas palavras, o que pensam realmente os terapeutas? Acreditam que o Afonso pode vencer as limitações? Mas confesso, tenho medo, muito medo da resposta, talvez por isso quando oiço estes incentivos sinto-me feliz mas, inconscientemente o medo sobrepõe-se a este sentimento. São tantos sentimentos, tantos e tão contraditórios que o meu coração deve ter a forma de um laço, com um grande nó, de tantas voltas que já deu e dá.
Eu acredito mas, da mesma forma que não penso nas limitações futuras, como se consegue pensar em limitações com um bebé tão lindo e amoroso como ele? Também tento não pensar no futuro sem limitações, porque o que mais desejo neste Mundo, é que ele consiga ultrapassar todas as etapas, mesmo que seja muito devagar mas, que chegue aonde queremos e precisamos de chegar…
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