Neste fim de semana, encontrei alguns conhecidos, que já sabiam da situação do Afonso mas, que até hoje nunca se tinham aproximado.
Cada vez que nos cruzámos, o tema de conversa era o Afonso e o filho de uma amiga, que tem agora 16 anos e que vive acamado com grandes dificuldades devido à paralisia cerebral, que nunca tinha sido estimulado ou feito fisioterapia, que nunca tinha frequentado um jardim de infância ou uma escola mas, a conversa foi para a EXCEPÇÃO, que tínhamos que acreditar que era possível, que havia excepções, que o Afonso era muito estimulado, que era lindo, parecia um anjo.
Achei curiosa esta conversa, com pessoas que me dizem tão pouco, que não deixaram de falar na desgraça alheia (como bons portugueses) mas, que se preocuparam em me animar, que me incentivaram a continuar, a acreditar na excepção, porque a verdade é que existem casos excepcionais.
Ao longo destes meses, fui conhecendo verdadeiras histórias de amor e de dedicação, de coragem e de entrega, de perseverança e paciência e uma enorme, enormíssima capacidade de lutar. Eu também me incluo nestas pessoas e acredito e vou acreditar sempre que é possível vencer as limitações, que é possível minimizá-las, que é possível ser autónomo, que é possível sorrir, que é possível ser feliz...
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