A deficiência, é um tema, que não faz parte do dia a dia das pessoas comuns. Todos sabemos que existe mas, verdadeiramente, passa-nos ao lado, assim como passam a sida, as doenças oncológicas e tantos, tantos outros temas.
Compreendo, quando as pessoas se sentem tristes, perante a nossa situação e a situação do Afonso.
Já não compreendo e também não aceito, a dificuldade, que os profissionais de saúde (médicos, terapeutas, enfermeiros, entre outros) demonstram em utilizar a palavra deficiência. Gostam de utilizar quando se referem à diferença que os outros são "ditos normais". Claro que a "dita normalidade" tem que se diga. O que é ser normal? Mas vivemos em sociedade, e em sociedade a norma, a normalidade é ditada pelos padrões em maioria.
Assim, se a palavra deficiência, não é, a mais indicada temos que usar outras: dificuldades, necessidades especiais, ou outra que se enquadre neste padrão menor.
Mas temos que aceitar! Porque enquanto a sociedade, não aceitar, que existem pessoas diferentes, com dificuldades e necessidades especiais, continuaremos num país em que mais tarde se revolve, um país onde logo se vê. Será que os nossos governantes não entendem que o NÃO investimento na intervenção precoce, em dotar estas crianças de maior autonomia, será uma factura pesada no nosso futuro, no futuro delas?
Temos que dar o primeiro passo, ACEITAR, e rapidamente INTERVIR!
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