Na sexta-feira depois da hipoterapia tivemos consulta de neuro-pediatria com um novo neurologista.
Como esperávamos ele avaliou o Afonso de hoje e não o que o Afonso poderia ser com base no nascimento e na ressonância magnética.
Perguntou-nos como estava o Afonso mentalmente e nós respondemos que muito bem. Perguntou-nos se sabia os números, as cores, se conhecia os animais, perguntas a que respondemos de modo afirmativo.
Colocou animais do zoo em cima da mesa, um leão e um elefante e perguntou-lhe onde estava o elefante, o Afonsinho virou-se de imediato para o leão e com um grande sorriso disse "leão".
De imediato o médico disse-nos que ele estava mentalmente bem e que não havia qualquer duvida que conhecia os animais. Falou-nos que não era raro, pessoas com distonia terem capacidades cognitivas normais ou até acima do normal.
Depois esteve a examiná-lo: pernas, pés, cabeça, braços, mãos...
O Afonsinho portou-se muito bem, não fez hiper extensão e manteve o tónus normalizado.
Perguntou-nos se já nos tinham falado em algum medicamento e nós dissemos que para a distonia e para a espaticidade, o que ele não compreende e nós também não, uma vez que o Afonsinho tem uma distonia e não apresenta qualquer espaticidade. Disse-nos que os medicamentos para a distonia não são eficazes.
Falou-nos que o padrão de hiper-extensão e alguns dos reflexos do Afonsinho na opinião dele estavam ligados ao "medo", uma vez que eram despoletados pelo TOQUE (eureka, alguém que me dê razão!!!) e por reacção a estimulas ou com intenção de ser mais funcional.
Foi uma abordagem muito interessante, que nunca tínhamos ouvido e porque sempre pensámos que a hiper-extensão é patológica. Lembro-me perfeitamente do outro neurologista, quando eu lhe dizia que o Afonsinho reagia ao toque me ter dito "mãe, isto é o padrão dele! Ou a mãe acha que ela pensa que se vai esticar e se estica?" Claro que penso, respondi-lhe na altura e pelos vistos até tinha alguma razão!!!
Falou-nos do medicamento (Castillium), disse-nos que não era perigoso, que tinha alguns efeitos secundários, como todos os medicamentos mas, que não eram relevantes e que , na opinião dele, valia a pena tentar.
Assim, durante a primeira semana vai fazer 1/4 de comprimido de manhã e na segunda semana aumenta a dose, fazendo também 1/4 à noite. Vamos tentar e ver os resultados. No fim das duas semanas temos que lhe telefonar para ele analisar os resultados.
Falámos ainda da epilepsia/mioclonias e o medicamento que toma (Diplexil) quando lhe dissemos a dose que toma, disse-nos que era uma dose muito fraca. Deu-me vontade de rir, apesar de não ter piada nenhuma, uma vez que o outro médico na ultima consulta quando falámos do desmame do medicamento nos disse que era uma dose muito boa, ou seja, ele não tinha crises graças ao medicamento.
Vamos fazer novo EEG para avaliar a situação actual, uma vez que o ultimo tem três anos, no inicio de Dezembro
1 comentário:
Olá Dina, a Inês começou hoje a tomar o castillium precisamente pelos mesmos motivos, espero que resulte e que não lhe dê muita sonolência prq caso isso aconteça a médica diz que é melhor parar por causa das terapias, a ver vamos.
Bjnhs
Cristina
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