Que ele saiba que, invariavelmente, pode contar comigo, nos tempos de celebração e na travessia das longas noites escuras.
É dele também a minha mão. É dele também o meu abraço. É dele também a minha escuta. É dele também o meu olhar amoroso. É dele também os meus melhores sorrisos.
Que se saiba amado muito além do de vez em quando, do por causa de, do se.
Que se sinta amado como é, não interessa com que cara a circunstância esteja. Que se sinta amado simplesmente porque é...

Ana Jácomo
Não me peça para esquecer as cores, meu coração sempre andará com as lembranças felizes.
Tendo na visão do futuro, as flores, o voo dos pássaros, um lindo céu azul com nuvens desenhando belas formas...
E talvez um mar para banhar e salgar as manhãs.
Não me peça para esquecer a imensa beleza da vida.
Apesar de tudo o que já passei, de tantos dissabores, há sempre algo que movimenta a nossa esperança...
Uma criança que nasce para ser amada e ser feliz, uma flor que desabrocha para ser contemplada por quem quiser, um menino que cresce e segue um caminho repleto de luz...

Carol Timm

Afonso

O caminho começou no dia 21 de Dezembro de 2006, o Afonso nasceu em morte aparente, ficando com lesões cerebrais, que lhe causaram paralisia cerebral. Atravessámos longos dias de hospital, dias em que a dor e a preocupação não nos abandonavam mas, desde cedo, percebemos que era um lutador e todos os dias lutamos, com ele, para chegar onde lhe for possível e quem sabe… afinal é um caminho que se faz caminhando...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mergulhinhos da mamã...


Ontem acordámos muito cedinho, pois a aula de natação começava às 10h00.

Depois de tudo arrumadinho, lá fomos, uma vez mais sozinhos.

A viagem foi bastante mais tranquila do que habitual e tivemos um ligeirinho queixume mas, nada comparável ao que já tivemos.

Quando chegámos não estava ninguém na piscina e reinava o silêncio.

O esquema da aula seguiu o rumo do dia anterior, nadar, controlo de cabeça, nadar com o chouriço e fazer deslizes, eu empurrava o Afonsinho para a R. e ela para mim, brincar com a bola, hoje estava mais tranquilo e relaxado e estivemos imenso tempo dentro de água.

Voltámos aos mergulhos mas, como era o dia da mãe, tive direito a uma prenda especial e pela primeira vez, fui eu que fiz os mergulhinhos (agarrado) ao Afonsinho.

Primeiro um pequenino e depois um mais fundo. Correu muito bem, ele gostou e eu também, não engoliu água e segundo a R. não me saí nada mal...

A aula acabou com o relaxamento na jacuzzi, o Afonsinho estava tão contente que estava praticamente deitado sobre a água e com a força dos jactos ia para a frente e para trás todo maravilhado.

Depois da jacuzzi, estávamos tão bem que acabei por ficar mais um bocadinho dentro de água a relaxar com ele.

Almoçou muito bem e fez uma sestinha boa.

De tarde fizemos um lanche e voltámos ao pão com manteiga, com o Afonsinho sentadinho no sofá a comer o seu pãozinho muito concentrado e sério (afinal é um grande feito)

Foi um fim de semana calmo e sem sobressaltos, consegui recuperar um bocadinho o ânimo e as forças, espero que esta semana me traga realmente uma viragem, bem grande e que a ansiedade e o stress que me acompanharam nos últimos dias me dêem algumas tréguas.

1 comentário:

CláudiaMG disse...

Uhmmm que bom...mergulhar com a mamã. Como tenho pena de não poder ter o prazer de desfrutar de umas piscinas com o Guilherme....enfim, pode ser que daqui a uns tempos ele já não faça grandes reacções às piscina.

Quanto ao pão alentejano, ainda não li o post anterior, mas já estou a imaginar o Sr. Afonsinho a deliciar-se com uma bela fatia de pão...até já estou com água na boca.

Beijinhos Especiais

O que é paralisia cerebral?

"A criança com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral que atinge o cérebro em período de desenvolvimento.
(...)A criança com Paralisia Cerebral pode ter inteligência normal ou até acima do normal."

Retirado de "A criança com paralisia cerebral" - Guia para os pais e profissionais da saúde e educação APPC
Hoje caminho, o céu está azul, o sol brilha esplendoroso, oiço o chilrear dos passarinhos e o silêncio...
O silêncio no meu coração,
Os momentos, os meus momentos felizes...
Oiço o riso das crianças, cheiro a maresia que vem do mar, caminho descalça pela areia, continuo a sonhar.
Sonho, que o teu limite é o sonho e que o teu caminho, tem tantos obstáculos, uns já vencidos e outros, tantos outros, por vencer...
Dificil, é este nosso caminho mas, sei que embora seja feito devagar, muito devagar, sei que chegaremos ao destino deste nosso caminho que se faz caminhando...

Dina

Sou uma caminhante na estrada do aprendizado do amor. Às vezes, exausta, eu paro um pouquinho. Cuido das dores. Retomo o fôlego. Depois, levanto e seduzida, enternecida pelo chamado, cheia de fé, eu prossigo. Um passo e mais outro e mais outro e mais outro, incontáveis. Sei de cor que não é fácil, mas sei também que é maravilhoso olhar para o caminho percorrido e perceber o quanto a gente já avançou, no nosso ritmo, do nossos jeito, um passo de cada vez.

Ana Jácomo
E Deus continua susurrando: Não desista, o melhor ainda está por vir...
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Dalai Lama

O amor é um caminho que clareia, progressivamente, à medida em que o percorremos, como se cada passo nosso fizesse descortinar um pouco mais a sua luz.
A jornada é feita de dádivas e alegrias, mas também de imprevistos, embaraços, inabilidades, lições de toda espécie.
De vez em quando, tropeçamos nos trechos mais acidentados. Depois, levantamos e prosseguimos: o chamado do amor é irrecusável para a alma. Desistir dele, para ela, é como desistir de respirar.


Ana Jácomo
Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir. Tanto, que às vezes, quando lembro, eu me comovo. Pelo que há, mas também por conseguir ver.

Ana Jácomo
Nem sempre querer é poder, porque às vezes a gente quer, mas ainda não pode. Ainda não consegue realizar.
Não faz mal: a vontade que é legítima, alinhada com a alma, caminha conosco, paciente, fresca, bondosa, até que a gente possa. Às vezes, isso parece muito longe, mas é só o tempo do cultivo. As flores, como algumas vontades, também desabrocham somente quando conseguem


Ana Jácomo
Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem.
Às vezes cansa, sim, mas combinamos não desistir da força que verdadeiramente nos move.

Ana Jácomo

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