Que ele saiba que, invariavelmente, pode contar comigo, nos tempos de celebração e na travessia das longas noites escuras.
É dele também a minha mão. É dele também o meu abraço. É dele também a minha escuta. É dele também o meu olhar amoroso. É dele também os meus melhores sorrisos.
Que se saiba amado muito além do de vez em quando, do por causa de, do se.
Que se sinta amado como é, não interessa com que cara a circunstância esteja. Que se sinta amado simplesmente porque é...

Ana Jácomo
Não me peça para esquecer as cores, meu coração sempre andará com as lembranças felizes.
Tendo na visão do futuro, as flores, o voo dos pássaros, um lindo céu azul com nuvens desenhando belas formas...
E talvez um mar para banhar e salgar as manhãs.
Não me peça para esquecer a imensa beleza da vida.
Apesar de tudo o que já passei, de tantos dissabores, há sempre algo que movimenta a nossa esperança...
Uma criança que nasce para ser amada e ser feliz, uma flor que desabrocha para ser contemplada por quem quiser, um menino que cresce e segue um caminho repleto de luz...

Carol Timm

Afonso

O caminho começou no dia 21 de Dezembro de 2006, o Afonso nasceu em morte aparente, ficando com lesões cerebrais, que lhe causaram paralisia cerebral. Atravessámos longos dias de hospital, dias em que a dor e a preocupação não nos abandonavam mas, desde cedo, percebemos que era um lutador e todos os dias lutamos, com ele, para chegar onde lhe for possível e quem sabe… afinal é um caminho que se faz caminhando...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Rio Alcaide


Foi em Rio Alcaide perto de Porto de Mós, que descobrimos a quinta onde iríamos passar uns dias de férias.

A quinta fica entre dois montes, cercada de árvores e vegetação que crescem no seu estado selvagem, eucaliptos, pinheiros e é atravessada por um riacho, tem um lago, laranjeira, oliveiras, uma delas com cerca de mil anos...











Demoramos cerca de duas horas para dar a volta à quinta, enquanto subimos aos montes para descer numa outra encosta, fomos brindados com o cheiro dos eucaliptos e das flores que florescem por todo lado, pelo caminho vamos escutando o canto dos pássaros e o correr das águas, colocados em sítios estratégicos, afinal gentes da cidade precisam de descansar, vamos encontrando banco de pedras e até algumas mesas que se misturam com a paisagem, a velha nora já não trabalha mas, continua ali imponente a lembrar os tempos em que a casa principal da quinta era uma fábrica de papel, uma outra casa, a "Casa dos Capitães" recorda-nos, que ali se juntaram em Novembro de 1973, um grupo de militares, que foram fundamentais na revolução de Abril.










Foram momentos muito bem passados. A lenha que levávamos para a lareira, apanhar laranjas, os lanches ao ar livre, as brincadeiras no riacho...










O Afonsinho esteve sempre doentinho e foi alternando os momentos bons e bem dispostos, durante o dia, com a dificuldade para comer, especialmente ao almoço e ao jantar e para dormir, com algumas noites bem difíceis.


Gostámos e ficámos com vontade de voltar!

3 comentários:

CláudiaMG disse...

Bem só pela tua descrição já passei a adorar o local, aposto que passaram uns dias excelentes, mesmo com o Afonsinho meio adoentado.
O sítio é lindo e efectivamente deve dar muitas saudades quendo vimos embora.
Pode ser que um dia destes consigamos lá ir com vocês.

Beijinhos

Maria disse...

Estou delíciada com todas as fotos.
Boa escolha para as férias, cenários espectaculares.
Portugal é giro,os politicos é que estragam o cenário eh...eh...

Beij. com muito carinho.

:)M.M.G.

Ricardo Branco disse...

Olá.
Sou investigador na area do fabrico de papel.
Com a descrição da quinta fiquei com vontade de lá fazer uma visita...

Gostei muito do vosso blog, especialmente da maneira como decidiram percorrer o vosso caminho! força são uns pais exemplares! Parabens!

O que é paralisia cerebral?

"A criança com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral que atinge o cérebro em período de desenvolvimento.
(...)A criança com Paralisia Cerebral pode ter inteligência normal ou até acima do normal."

Retirado de "A criança com paralisia cerebral" - Guia para os pais e profissionais da saúde e educação APPC
Hoje caminho, o céu está azul, o sol brilha esplendoroso, oiço o chilrear dos passarinhos e o silêncio...
O silêncio no meu coração,
Os momentos, os meus momentos felizes...
Oiço o riso das crianças, cheiro a maresia que vem do mar, caminho descalça pela areia, continuo a sonhar.
Sonho, que o teu limite é o sonho e que o teu caminho, tem tantos obstáculos, uns já vencidos e outros, tantos outros, por vencer...
Dificil, é este nosso caminho mas, sei que embora seja feito devagar, muito devagar, sei que chegaremos ao destino deste nosso caminho que se faz caminhando...

Dina

Sou uma caminhante na estrada do aprendizado do amor. Às vezes, exausta, eu paro um pouquinho. Cuido das dores. Retomo o fôlego. Depois, levanto e seduzida, enternecida pelo chamado, cheia de fé, eu prossigo. Um passo e mais outro e mais outro e mais outro, incontáveis. Sei de cor que não é fácil, mas sei também que é maravilhoso olhar para o caminho percorrido e perceber o quanto a gente já avançou, no nosso ritmo, do nossos jeito, um passo de cada vez.

Ana Jácomo
E Deus continua susurrando: Não desista, o melhor ainda está por vir...
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Dalai Lama

O amor é um caminho que clareia, progressivamente, à medida em que o percorremos, como se cada passo nosso fizesse descortinar um pouco mais a sua luz.
A jornada é feita de dádivas e alegrias, mas também de imprevistos, embaraços, inabilidades, lições de toda espécie.
De vez em quando, tropeçamos nos trechos mais acidentados. Depois, levantamos e prosseguimos: o chamado do amor é irrecusável para a alma. Desistir dele, para ela, é como desistir de respirar.


Ana Jácomo
Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir. Tanto, que às vezes, quando lembro, eu me comovo. Pelo que há, mas também por conseguir ver.

Ana Jácomo
Nem sempre querer é poder, porque às vezes a gente quer, mas ainda não pode. Ainda não consegue realizar.
Não faz mal: a vontade que é legítima, alinhada com a alma, caminha conosco, paciente, fresca, bondosa, até que a gente possa. Às vezes, isso parece muito longe, mas é só o tempo do cultivo. As flores, como algumas vontades, também desabrocham somente quando conseguem


Ana Jácomo
Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem.
Às vezes cansa, sim, mas combinamos não desistir da força que verdadeiramente nos move.

Ana Jácomo

Todos os direitos reservados