No dia 14 de Fevereiro, é dia de aniversário, dia do aniversário da minha mãe, Maria Manuela.
Neste dia, costumamos recordá-la, de uma forma (ainda) mais intensa.
Falamos dela, da sua inteligência, da mulher, que aos 56 anos decidiu voltar a estudar e que era a melhor aluna da escola, recordamos a sua bondade. Nunca na vida conheci pessoa tão bondosa, sempre pronta a desculpar e se existiam na sua vida pessoas bem más mas, ela via as suas limitações, desculpava as suas imperfeições, os seus defeitos.
A minha mãe, sempre foi uma espécie de "vidente", sonhava e os acontecimentos davam-se. Há alguns, que recordo de forma mais intensa, quer pela sua veracidade, quer pela sua importância.
Quando comecei a namorar com o F. ela descreveu-me de forma correcta, como se estivesse a olhar para ele. Entenderem-se maravilhosamente bem, desde o primeiro olhar, os melhores amigos, eram tão parecidos...
Quando estava grávida do meu primeiro filho, desde a ecografia dos 3 meses e meio, até aos 7 meses, sempre me disseram que era um menina. O F. morria de tristeza, a minha mãe de indignação, TINHA A CERTEZA QUE ERA UM MENINO, eu de raiva e como já não os podia ouvir, disse-lhes que na próxima ecografia (a dos 7 meses) iam os dois comigo, pois eu já não os conseguia aturar.
A minha mãe disse-me, que era um menino, muito bonito e que tinha sonhado com ele, andava pela sala a correr e ela atrás dele a dar-lhe gelatina verde!!!
No dia da eco, lá fomos os três estarolas, a médica (que é minha prima e também fez o parto do Afonsinho), ficou estupefacta, afinal era UM MENINO e dois meses depois nasceu o nosso lindo bebé G., que hoje já tem 14 anos...
Quando já estava doente, bastante doente, perguntou-me se a minha cunhada ia ter gémeos, respondi-lhe que não.
Então disse-me para lhe dizer, que ainda ia ter mais outro filho, um menino loirinho, porque ela tinha sonhado que a menina (nessa altura estava, a minha cunhada, grávida de 5 ou 6 meses), também loirinha estava a passear e a correr com um menino mais pequenino pela mão.
Contei à minha cunhada que me disse, que por motivos físicos, não poderia ter mais filhos e realmente até hoje e já lá vão quase sete anos, não nasceu mais nenhuma criança na família, a não ser o NOSSO LOIRINHO, o Afonsinho...
E há muitas mas, muitas mais histórias destas, nós continuamos a pensar em ti todos os dias, as saudades são muitas mas, sabemos que se realmente existe um lugar melhor, mais bonito, e luminoso, como tu acreditavas (e eu continuo a acreditar) tu estás lá e caminhas de mãos dadas connosco, todos as horas dos meus, às vezes tão difíceis dias e um dia virei aqui escrever, que tal como tantos outros o teu sonho se concretizou...
E o Afonsinho vai correr de mão dadas com a prima M., uma linda menina de cabelos loiros...
2 comentários:
Os sonhos na maioria das vezes depedendo da força do coração e do nosso crer em realiza-los sim DINA eles realizam-se!
O problema é quando sonhamos e na manhã seguinte se conta a alguém que os desvaloriza,nós tentamos esquecer e depois eles acontecem!
Eu pessoalmente não goste de lembrar-me dos meus sonhos que os maladros têm tendencia a tornar-se realidade,por isso não goste muito de sonhar nem gosto de ficar triste de repente ou agustiada,á coisas muito complicadas de gerir e eu tenho várias1...Um dia eu conto.
O meu pai nasceu a 4 de Fevereiro, que desculpem os outros pais, o meu para mim foi o melhor pai do mundo...a melhor mãe,pois muitas vezes ele teve que ser pai e mãe ao mesmo tempo!
Com o passar do tempo as saudades são maiores,mas penso que ele está onde queria estar junto do amor da vida dele e que ao mesmo tempo quando preciso estão a meu lado e me protejem,senão já cá não estava!Nós "D" por qualquer razão só partimos depois de termos cumprido aquilo que nos trou-se á terra algo que temos que cumprir,eu juro, ainda não descobri o que vim cá fazer, porque o queria fazer nunca me foi permitido fazer!
Bem hoje é melhor ficar por aqui senão em vez de um coment, fica um testamento! Gosto muito nde vôçes beij. com muito carinho...
M.M.G.
Dina,
Quando pensamos nas pessoas que amamos, dessa forma feliz como escreveu de sua mãe... sempre enviamos bons sentimentos para elas, onde quer que estejam e com certeza sorriem de contentamento de nos terem ensinado tantas coisas bonitas sobre o amor. Amor de mãe nunca se acaba e sei que você bem sabe bem disso.
Beijos e um feliz aniversário para sua mãezinha, onde quer que ela esteja...
Carol
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