Após a "maravilhosa" conversa com a coordenadora do programa de intervenção precoce da Liga, seguimos para a consulta de fisiatria, ou seja, para a sala ao lado.
Nestas consultas estão sempre presentes, para além dos pais e da criança, a equipa de terapeutas e a coordenadora do programa, que nesta consulta se manteve calada e de cara fechada.
A médica esteve a observar o Afonsinho e disse-nos que ele estava muito bem. Continua a apresentar uma boa forma física, com um bom desenvolvimento muscular, sem assimetria, sem encurtamentos e sem deformações.
Disse-nos que ele tem muita sorte por ter nascido nesta família!
A equipa, neste caso a fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, falaram do desenvolvimento motor que tem vindo a apresentar, a melhoria comportamental nas sessões e no treino da cadeira de rodas eléctrica.
A médica disse que ele era um menino para cadeira e computador, como acontecia com estes meninos inteligentes.
Disse-nos para iniciarmos o treino na cadeira, sendo a expectativa, uma vez que ele não se quer sentar, que aos cinco anos já consiga ser autónomo e funcional.
A doutora sugeriu que o acesso ao computador, fosse feito através de varrimento, ocular ou com os braços e marcámos demonstração da cadeira para sexta-feira, para que ela o possa ver.
Claro, que tive uma vontarde enooorme de lhe perguntar como iríamos avançar na comunicação, quando tínhamos acabar de perder a terapia da fala mas, optei por lhe dizer que dado o enorme progresso cognitivo do Afonsinho e as dificuldades graves que continua a ter a nível motor, nos sentíamos perdidos...
Ela disse-nos que era muito bom ele ter as capacidades cognitivas que tem e que não o sentia frustrado, pelo contrário achava-o bastante tranquilo mas, que escrevesse todas as duvidas que temos e lhe entregássemos para que ela em conjunto com a equipa pudessem dar uma resposta mais eficaz.
Irónico, no minimo!!!
Perguntou-nos como eram as rotinas dele. Dissemos-lhe que ele não tinha rotinas e que acompanhava os horários e o funcionamento da família, o que por vezes é um verdadeiro caos...
Disse-nos que era excelente ele conseguir seguir o ritmo da família sem ficar irritado.
Confesso que nunca pensei que os meninos com pc precisavam de horários e rotinas.
Acabámos a consulta da melhor forma possível, com a doutora a dizer:
"Sempre a surpreender, Afonso!"
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