Passados nove meses, voltámos à consulta de neuro-pediatria, mais de duas horas à espera e o Afonsinho "lá" foi consultado...
Primeira pergunta do senhor doutor: "Convulsões?"
Depois do tempo de espera, da enooorme vontade de me ir embora, limitei-me a responder "nada", o que é a maior das verdades, uma vez que até hoje, o Afonsinho NUNCA teve convulsões!!!
Obtive como resposta: "Nada de nenhuma, nada de algumas?"
De imediato percebemos que esta ia ser uma consulta, no mínimo estranha, lá respondi ao senhor doutor: "nada de nada, zero, nenhuma crise de MIOCLONIAS, faz dia 12 de Abril, DOIS ANOS!!!.
As perguntas sucederam-se: Que brinquedos gosta? Como funciona o intestino? Que líquidos gosta de beber... até chegar ao medicamento e perguntar e o Diplexil?
O F. respondeu, pois é o que esperamos que o dr. nos diga, se é para parar ou não. O sr. doutor ficou muito admirado, pois, obviamente já não se lembrava da consulta anterior.
Enfim... resumindo.
Fez o teste neurológico às pernas, joelhos, calcanhares e pés com resposta positiva do Afonsinho, perguntou?! se a anca estava bem, rodou as articulações dos braços, cotovelos e pulsos.
Disse-nos que ele tinha uma distonia mas, que era espástico?! nos joelhos.
Falou-nos de medicamentos para a distonia, dizendo que às vezes não produziam nenhum efeito mas, que também poderia ser benéfico e que ia falar com a fisiatra para saber a opinião dela.
Exactamente o que nos disse há nove meses!?
O Diplexil é para continuar, porque lhe trás alguns benefícios. Quais? Não sabemos!!!
Análises para verificar o nível do medicamento no sangue? EEG para verificar a existência de focos de epilepsia? NADA!!!!
Ainda nos falou nos medicamentos para a espasticidade mas, aí tive que intervir e lá lhe expliquei que a fisiatra não o tinha recomendado para a toxina e que quando há espasticidade o joelho não mexe e que o Afonsinho tem o tónus aumentado no joelho - hipertonia mas, que cede facilmente com a manipulação.
Confirmou que o joelho não estava "preso", que tinha mobilidade e depois olhando para o Afonsinho, que nesta altura já estava super cansado, disse que ele "estava muito molinho"!
Eureka, fez-se luz!!!
Lá lhe expliquei que o Afonso mantém grande parte do tempo um tónus normal e que é mais frequente estar hipotónico do que hipertónico que geralmente só acontece em situações de stresse.
Aqui fica descrito, um MAU EXEMPLO, de como passar mais de TRÊS horas da nossa vida de forma inútil!!!
2 comentários:
Bem minha amiga sem comentários...é nessas alturas que me apetece vir embora e nunca mais aparecer nessas consultas.
Infelizmente nós em Alcoitão também apanhamos enormes secas, pelo que quando chego à consulta já estou farta de ali estar, imagina os miúdos.
Beijinhos grandes e especiais
Cláudia
Revoltante Claudia.
Sempre fico pensando nos juramentos feitos nas colacoes de grau das turmas de bachareis, tantas promessas, quase nenhuma cumprida.
Faz meses que acompanho a evolucao do Afonsinho... e sempre bom ver o quanto ele e amado por voces.
Leandro Vusberg
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