A importância de trabalhar em EQUIPA

Hoje, passámos a manhã em casa, no miminho sem terapias, o que não é sinónimo de não trabalhar

Após o pequeno almoço e depois da nossa rotina diária: acender a luz da casa de banho, identificar a água, o sabonete, as mãos, a cara, os olhos, a boca, o nariz, lavar os dentes, pentear, fazer cocó, sim porque xixi, só faz depois de eu lhe colocar a fralda seguimos para a sala para fazer talinhas, carga nas pernas em pé sozinho, apoiado no sofá, enquanto víamos um livro das cores. Depois sentado no tapete a fazer long siting, para alongar os joelhose sentado na piscina de bolas, já sem talas, enquanto identificávamos as cores e íamos contando o numero de bolas.

O Afonsinho tem vindo a adquirir (ou a mostrar o que já estava adquirido) conceitos de forma regular e tentando verbalizar todas as palavras que ouve.

Hoje tivemos terapia da fala e terapia ocupacional, para além das sessões que correram muito bem, conversamos sobre os objectivos apresentados pela educadora de ensino especial e sobre o Afonsinho.

Voltámos a falar sobre a comunicação aumentativa e sobre dois tipos de comunicação o spc e a linguagem gestual , que são dois mecanismo, contrariamente, ao que eu julgava, de trabalho para chegar à comunicação oral.

Uma vez mais me disseram que estes eram meios aumentativos e que seriam trabalhados de forma paralela à oralidade, sendo este o objectivo a atingir.

Já por diversas vezes escrevi e vou-me repetir, que considero fundamental trabalhar em equipa.

Claro, que o núcleo da equipa está na Liga e é formada pelos três terapeutas que acompanham o Afonsinho mas, uma vez que prezam e valorizam o trabalho dos outros terapeutas, ouvem e esclarecem todas as minhas duvidas e os meus medos e o mesmo acontece com os outros terapeutas e educadora, acabam por formar uma equipa bem maior e que ultrapassa a a fronteira física da Liga, formando uma equipa fantástica: Três fisioterapeutas (sendo que a Sara também é osteopata), duas técnicas de Educação especial e reabilitação motora (sendo que a Rita está a acabar o curso de fisioterapia), uma terapeuta da fala e um terapeuta ocupacional. Entre eles existe uma comunicação saudável, sendo eu, também, grande intermediaria de todos.

As talas que a médica fisiatra receitou, foram pela primeira sugeridas pela Rita e mais tarde pela R., a fisioterapeuta da hipoterapia, as talas das mãos, que ainda não estão feitas, foram também sugeridas pela R., após lhe ter perguntado o que podíamos fazer para que o Afonsinho conseguisse manter um padrão normalizado das mãos, por um período maior de tempo, assim como o theratogs, que toda a equipa da Liga aprova, o trabalho em termos cognitivos é trabalhado em diversas terapias com os temas preparados para serem trabalhados em comum, estes são apenas alguns exemplos...

Obviamente, que os progressos do Afonsinho, são fruto de muito trabalho, muita estimulação mas, é graças a esta numerosa equipa de terapeutas, família e amigos, que nos mantemos com esperança e optimista em relação ao seu futuro.