Hoje tivemos sessão de fisioterapia e terapia da fala.
Na fisioterapia esteve a fazer sequência motora e hoje começou a fazer exercícios de joelhos.
O Afonsinho fez todos os exercícios, colaborando totalmente.
Na terapia da fala continuamos a fazer integração sensorial: olhar, sabor, cheiro e tacto.
Hoje foi dia de arroz doce e gelatina.
O Afonsinho tinha que ver a imagem no cartão, identificá-la para depois cheirar e mexer com as mãos para as levar à boca.
Infelizmente e apesar de estar na sala, pouco acompanhei a terapia, porque estava a ouvir os objectivos delineados pela fisioterapeuta.
Os objectivos continuam a se a sequência motora, posição ventral, dorsal, lateralizações, rolar e sentar, porque segundo a terapeuta e apesar do Afonsinho já fazer, ainda recorre à patologia, pelo menos a uma parte da patologia, à ajuda da força das costas, para atingir os objectivos.
Ela pensa que é muito importante haver uma integração completa dos movimentos, para que o Afonsinho possa evoluir, chegar mais longe.
Entendo esta parte, mais ao menos, porque uma das áreas comprometidas do Afonso é o inicio do movimento (lobo frontal, central) e para mim o facto de ele conseguir fazer, utilizando os recursos que dispõe, é muito importante e sei, que a fisioterapeuta, apesar do comentário menos feliz que fez, quando falávamos sobre a necessidade deste movimento das costas, para iniciar "os movimentos", com a terapeuta da fala, ter dito que se calhar, ele nunca o iria conseguir fazer, também o considera.
Também me falou na linha média, na posição de joelhos, no standing e no long siting com talas.
Em relação ao long siting (para alongar as pernas) disse-lhe que não era necessário ser feito na terapia, uma vez que o fazíamos de forma regular em casa.
Depois e como não podia deixar de ser, SENTAR. Sentar mas, numa cadeira, numa table form e fazer trabalho com espuma, linha média, etc...
Disse-lhe que não concordava.
Disse-lhe que para mim, o que é importante é o Afonso sentar-se SOZINHO.
Primeiro, porque penso que a prioridade do Afonsinho, neste momento, é o controlo do tronco e da cabeça, objectivo este partilhado para além de mim, pela fisioterapeuta da hipoterapia, pelo terapeuta ocupacional e pela terapeuta da piscina.
Depois, ainda agora solicitei (por iniciativa própria) o banco triangular que está na escola de 2ª a 6ª e vem para casa ao fim de semana.
E com a aquisição do sentar sozinho, logicamente será bastante mais fácil o Afonsinho aceitar uma cadeira.
No fim disto tudo, a terapeuta da fala disse-me que o Afonsinho tinha gostado de mexer na gelatina mas, não tinha gostado do sabor e que tinha gostado do arroz doce e ela achava que queria comer.
Dei-lhe um bocadinho de arroz doce e o Afonsinho mastigou o arrozinho que nem um herói.
Acho que ainda havia mais objectivos mas, sinceramente não me lembro quais eram.
Eu, na altura, nem me apercebi como tinha ficado irritada mas, quando estava a contar os objectivos a uma amiga, tinha o coração acelerado e uma enorme aflição no peito.
Eu já devia ter aprendido, que não são os papeis ou os comentários, que fazem o que o Afonso já é, e o que poderá vir a ser mas, continuo a ficar magoada e emocionalmente de rastos com estas situações.
1 comentário:
VI um programa em que os técnicos trabalam 20 minutos, a aseguir bricam,e assim sucessivamente,cá querem tudo feito como se os nossos meninos já fossem homens, tambem estes técnicos e que se adaptam as terapias a cada criança e não é a criança que tem que fazer como eles querem. Claro que consegem assim, que as crianças vão depois executando também o que é preciso fazer,não ouvi nenhuma, terap., estar a dizer aos pais que a criança estava hoje preguiçosa ou não queria fazer nada ou só sabía birrar, penso que em Portugal é tudo muito parecido com o 1º M. é o quero posso e mando,que fazer!...
beij. para todos. ( Não podemos ligar o melhor é dizer concerteza tem toda a razão,depois em casa fazemos como eles conseguem executar, desde que façam...)
M.M.G.
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