Viver e conviver com a Paralisia Cerebral...
Já escrevi, e escrevi como foi difícil o inicio deste caminho. A maior dor e frustração, não é a possibilidade, bem real, de o Afonso ficar com sérias limitações, é o facto de tantas e tantas vezes nos quererem impingir essas limitações.
Nós aprendemos a viver um dia de cada vez e dar valor, muito valor a todos os momentos felizes. Um sorriso, do Afonsinho, tem um valor incalculável, cada vez que emite um som, cada música que lhe cantamos, cada brincadeira que fazemos, cada brinquedo, cada gesto. Eu percebo que as pessoas (existe a palavra não-pessoa?) que têm uma pedra no lugar do coração, aquele órgão de cor alegre e quente, que pensa que é um tambor numa grande fanfarra, não percebam (mas também pouco devem perceber da vida) como e porquê, continuamos felizes e a sorrir.
O Afonso mostrou-nos e mostra-nos todos os dias, porque vale a pena acordar e tenho a certeza que o sol, que às vezes não se vê, concorda inteiramente com ele.
Ter e conviver com o Afonso é uma dádiva, uma grande e maravilhosa forma de viver.
Continuamos o caminho em direcção ao sonho, felizes...
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