Este foi um ano atípico, devido à(s) cirurgia(s) a que o Afonso foi/vai ser sujeito.
Iniciamos mais um ano letivo no jardim de infância, com as lutas do costume, para que o Afonso tivesse a assistente operacional imprescindível para o apoio em todas as actividades. Não fomos totalmente bem sucedidos, uma vez que existem mais dois meninos com NEE e o JI perdeu uma assistente operacional mas o Afonso continuou a ser muito bem acompanhado, pela educadora do regular, pela educadora de ensino especial e pela sua muito querida, Sónia, a assistente operacional que ele adora, um amor mutuo e correspondido.
O Afonso só frequentou o jardim de infância no primeiro período, fase em que teve o apoio da terapeuta da fala, para a introdução do computador em contexto escolar com o objectivo de lhe permitir uma inclusão mais plena, na comunicação e na participação nas actividades diárias.
No plano da reabilitação manteve as terapias que há muito fazem parte da sua rotina diária e começamos o CME com a terapeuta Marta, uma terapia que o Afonso adorou, com resultados visíveis em poucas sessões. Retomamos algumas terapias (fisioterapia, terapia ocupacional, hidroterapia e osteopatia sacro-craniana) entre fevereiro e março, com pouca aceitação por parte do Afonso.
O nosso ano terminou, uma vez que dentro de duas semanas o Afonso irá fazer a 2a cirurgia, alongamento do tendão e transferencias de músculos da perna esquerda.
Não há grandes evoluções mas o Afonso continua, apesar dos meses de imobilização (e que vão voltar brevemente com a cirurgia) com uma excelente forma física, sem encurtamento ou assimetrias, sem deformações, fruto do trabalho desenvolvido ao longos dos anos. Há algumas perdas de competências, no sentar, no apoio do braços, na posição de esfinge mas curiosamente, tem um melhor controlo do tronco e da cabeça e claro uma enorme melhoria da perna direita, que agora tem um alongamento total, força, com o pé totalmente apoiado no chão.
Vamos de férias, recuperar forças e energia, para o novo período que se aproxima, novo internamento, anestesia geral, bloco, meses de imobilização...
Estamos otimistas, certos que continuamos a fazer o melhor, em cada momento, para a reabilitação do Afonso, para lhe proporcionar mais e melhores oportunidades, para maximizar as suas competências, para que, dentro das suas possibilidades, seja cada vez mais autónomo e funcional.
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