Que ele saiba que, invariavelmente, pode contar comigo, nos tempos de celebração e na travessia das longas noites escuras.
É dele também a minha mão. É dele também o meu abraço. É dele também a minha escuta. É dele também o meu olhar amoroso. É dele também os meus melhores sorrisos.
Que se saiba amado muito além do de vez em quando, do por causa de, do se.
Que se sinta amado como é, não interessa com que cara a circunstância esteja. Que se sinta amado simplesmente porque é...

Ana Jácomo
Não me peça para esquecer as cores, meu coração sempre andará com as lembranças felizes.
Tendo na visão do futuro, as flores, o voo dos pássaros, um lindo céu azul com nuvens desenhando belas formas...
E talvez um mar para banhar e salgar as manhãs.
Não me peça para esquecer a imensa beleza da vida.
Apesar de tudo o que já passei, de tantos dissabores, há sempre algo que movimenta a nossa esperança...
Uma criança que nasce para ser amada e ser feliz, uma flor que desabrocha para ser contemplada por quem quiser, um menino que cresce e segue um caminho repleto de luz...

Carol Timm

Afonso

O caminho começou no dia 21 de Dezembro de 2006, o Afonso nasceu em morte aparente, ficando com lesões cerebrais, que lhe causaram paralisia cerebral. Atravessámos longos dias de hospital, dias em que a dor e a preocupação não nos abandonavam mas, desde cedo, percebemos que era um lutador e todos os dias lutamos, com ele, para chegar onde lhe for possível e quem sabe… afinal é um caminho que se faz caminhando...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sessão na garagem

De tarde mais uma sessão de sacro-craniana.

Hoje a terapia foi feita na cadeira de rodas na garagem.

De inicio o Afonsinho reagiu razoavelmente bem mas, à medida que a sessão foi avançando foi birrando cada vez mais.

Eu e a Sara, ficámos estafadas de tanto subir e descer os pisos da garagem.

Continuamos a tentar, sempre a tentar a ultrapassar esta aversão de estar sentado na cadeira.

Acesso ao computador

Hoje começámos a avaliação para o acesso ao computador com o olhar.

Para ter acesso ao computador, primeiro tinha que conseguir calibrar o olhar, olhando para vários pontos que apareciam no écran. Conseguiu fazê-lo, logo à segunda tentativa.

Foi conseguindo identificar ao longo da avaliação.

Foram detectados alguns problemas que temos que trabalhar até à próxima avaliação.
Os quadros apresentados foram muito básicos para ele e logo pouco motivadores, começou a interessar-se mais quando colocaram o GRID. Assim, vou ter que elaborar quadros, juntar fotografias e frases que ele se interesse.
O olhar tem que ficar fixado na imagem durante 1 segundo e ele está habituado a escolher rapidamente com o olhar, temos que treinar esta situação.
A avaliação foi feita ao colo e na próxima será feita na cadeira. Já voltámos a utilizar a cadeira sem birra mas, por períodos pequenos, 5, 10 minutos.

A avaliação foi feita pela Anditec, ficam aqui mais algumas informações  retiradas do site.

«O MyTobii é um inovador sistema de acesso ao computador unicamente através do olhar. A utilização desta nova tecnologia permite detectar com rigor para onde o utilizador está a olhar seguindo o movimento dos seus olhos. O sistema MyTobii permite ao utilizador controlar o computador apenas por olhar para o ecrã, possibilitando que pessoas que tenham movimentos muito limitados consigam, por exemplo, comunicar de uma maneira independente utilizando software de comunicação existente no mercado, como é o caso dos programas GRID ou SPEAKING DINAMICALLY. O acesso fácil a “teclados no ecrã” permite também através desta interface específica, aceder a outros programas do Windows.»

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Roda dos alimentos

Hoje, a manhã foi excelente.

O Afonsinho esteve a trabalhar com a educadora e com a educadora de ensino especial. O tema de hoje era a roda dos alimentos.

A educadora esteve a ensinar uma canção sobre este tema, com a musica da "rama ó que linda rama". O Afonsinho adorou a canção.

Esteve com um comportamento ótimo.

Com a educadora de sala esteve a cortar!!! É verdade, pela primeira vez a educadora percebeu que conseguia cortar com ele. Cortaram a roda dos alimentos e colaram numa folha e e ainda escreveu com  a mão, com a ajuda da educadora o nome e a data.

Com a educadora de ensino especial esteve a pintar um cacho de uvas.

Hoje, tudo foi feito com enorme facilidade e com colaboração total,  das educadoras e do Afonsinho!!!

Mais uma manhã, é que senti que valeu a pena ter tomado a atitude que tomei. Veio provar que vale a pena lutar mas, também veio provar às educadoras que vale a pena  trabalhar, investir, acreditar que podem fazer muito mais com e pelo Afonsinho.

Depois estive a falar com a educadora de sala e com a coordenadora sobre a reunião, o que fez com que me chegasse muito tarde a casa e já não conseguimos ir à piscina que era às 14h30.

De tarde as nossas actividades caseiras, que neste momento já são habituais: talas, therathogs, rampa, standing...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Reunião no Jardim de Infância

Hoje, na escolinha o Afonsinho esteve a trabalhar com a educadora de ensino especial, pintou um desenho pré  impresso da história "A menina verde", dando continuidade ao trabalho desenvolvido pela educadora de sala.
Nestes três dias foi possível ver o trabalho conjunto das duas educadoras. O desenho feito hoje, foi o melhor trabalho que já vi feito pelo Afonsinho

De tarde a tão esperada reunião.

Foram quatro horas de reunião, onde vários temas foram abordados, os que nos preocupavam e nos levaram a marcar esta reunião mas, também outros que nos mostraram, que estamos no agrupamento certo, que tem escola até ao 9º ano, com uma direcção e um grupo de ensino especial dedicados e preocupados.

Os problemas que levámos à reunião: A falta de entendimento na planificação de objectivos e estratégias das educadoras, a perda de uma hora de apoio e o horário e a falta da 2ª auxiliar. Ficaram todos resolvidos.

Os objectivos já tinham sido delineados pelas educadoras, os horários já tinham sido alterados e a auxiliar também já está garantida, apesar de não sabermos ainda quando estará disponível, uma vez que o agrupamento aguarda a colocação por parte da Câmara.

Havia muito para dizer, porque houve algumas situações, especialmente, por parte da educadora de ensino especial que nos desagradaram mas, o que realmente nos importa são as atitudes positivas, construtivas, na procura de aprender e melhorar e foram essas atitudes, que encontrarmos nesta reunião,  que queremos valorizar.

Pensamos que valeu a pena, termos tomado a atitude que tomámos.

Saímos desta reunião com a certeza que estamos no jardim de infância certo, com excelentes profissionais, que vale a pena falar, vale a pena lutarmos pelos direitos do nosso menino, só não vale a pena, sofrer o que sofri...

No próximo ano possivelmente, infelizmente, voltaremos a passar pelo mesmo...

Nós voltaremos a falar, a lutar e quem sabe para o ano conseguirei não me enervar... 


«Tua caminhada ainda não terminou....
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.

Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.

É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.»

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Salada de frutas

O Afonsinho continua a dormir muito bem.
Adormece sozinho na sua cama, acorda de noite para ir fazer xixi e volta a adormecer de imediato e acorda cedinho e sozinho.

A alimentação também corre muito bem. Já come, por vezes, o lanchinho da manhã na escola, almoça muito bem, lancha, janta e ainda come a papa antes de dormir.
Nunca mais bolsou, agora já aceita muito bem os  lácteos, comendo dois iorgurtinhos ao lanche.
O medicamento ainda é recente mas notamos ligeiras alterações.
No fim de semana notámos maior rigidez dos membros e ontem e hoje, no lado esquerdo. Mantém a hiper-extensão mas com menos força e mais a nivel dos braços.
Até agora não notamos nenhum efeito negativo, como aconteceu com o bacofleno.

Hoje na escola estiveram a fazer uma salada de frutas. O Afonsinho esteve muito bem e comeu vários frutos: manga, banana e pera.
Fiquei admirada por lhe terem dado fruta mas, a grande verdade é que já se notam diferenças no tratamento com o Afonsinho e nos trabalhos que estão a fazer com ele.

De tarde mais uma sessão de terapia ocupacional, fala e fisioterapia.

Começámos com terapia da fala e estivemos a falar sobre a salada de frutas que tinham feito de manhã.
A terapeuta escreveu manga no quadro e perguntou-lhe se o que estava escrito era "banana", "morango"... Ele ainda respondeu "não" às duas primeiras perguntas mas, depois começou a olhar para a terapeuta com o olhar de espanto, como quem diz "não estou a perceber..."

A  terapeuta escreveu então o nome de várias frutas: manga, uvas, laranja, banana, pera, maçã, morangos...
O Afonsinho identificou TODAS as frutas da salada CORRECTAMENTE, dizendo as que estavam na salada e as que não estavam.

MAIS UMA PROVA, que o Afonsinho SABE LER!!!!!

Na TO e na fisioterapia o Afonsinho esteve muito bem. Os terapeutas não o acharam com a rigidez que eu noto e a fisioterapeuta disse-me que a distonia está mais fraca e que dá uma sensação de maior rigidez.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Hidroterapia com muitas cores...

De tarde mais uma sessão de hidroterapia.

Os exercicios de hoje foram animados e coloridos. A Rita encheu a piscina de bolas de todas as cores. O Afonsinho tinha que escolher uma bola, levá-la até ao fim da piscina e colocá-la no cesto de basquetebol.

O que vimos foi um menino muito empenhado, com uma cordenação excelente dos braços, apesar de empurrar quase sempre a bola com a mão direita, usou sempe os dois braços para chegar às bolas, um óptimo controlo de cabeça e sempre a fazer batimentos com as pernas.

Hoje assistimos a uma tentativa permanamente de tentar conseguir fazer todos os movimentos em simultâneo: batimento de pernas, coordenação dos braços, controlo de cabeça e controlo respiratório.

Não vimos qualquer hiper-extensão, nem reacções associadas, o que acontecia frequentemente quanto tentava empurrar a bola, "nadar" com os dois braços coordenados ou segurar a bola com as duas mãos para a encestar.

Ainda ouve algumas tentativas para nadar debaixo de água, continua a engolir água quando tira a cabeça debaixo de água mas, conseguiu fazer algumas (poucas braçadas com a coordenação das pernas, dos braços e bolhinhas.

Regresso ao jardim de infância...

Hoje regressámos à escolinha.

No carro a birra de sempre...

Quando chegámos à sala, o Afonsinho  foi rodeado, de imediato, por vários amiguinhos, que o abraçaram, beijaram, falaram com ele...

Não há nada como a magia de ser criança...

Deixei-o na sala com a educadora  e não falei praticamente nada com ela, tinha o carro mal estacionado, estava uma pilha de nervos e só queria sair dali...

Passei a manhã em casa, no meio do silêncio...

O meu coração bateu que nem um louco, durante toda a manhã. Sentia um infidável numero de sensações...

Ele está bem, ele não está nada bem...

Precisei de reforços para o ir buscar e cheguei ao JI com a C., quando era exactamente 12h, hora a que acaba o apoio de ensino especial.

O Afonsinho estava com as duas educadoras. A educadora de sala, estava visivelmente abalada e triste, sentia-a muito triste, a educadora de ensino especial, falou com o ar mais natural do mundo, a expressão dura como rocha, sem demonstrar, pensa ela, qualquer tipo de emoção...

Considerações sobre nada

«Foi abrindo as janelas da minha mente para ventilar a memória; foi revirando os avessos dentro das minhas gavetas, que eu consegui reencontrar antigas escolhas, que antes traduziam sonhos, e hoje se definem como algo incompatível com a realidade. Não, eu não deixei de sonhar. E não me entreguei ao mundo por que aqui dentro falta a esperança. Esperança é o mais abstrato dos termos e o único capaz de desconstruir nossas incertezas. Esperança é o que mantém de pé. E eu tenho esperança – ainda que às vezes ela se atrase. É que antes eu sonhava com uma felicidade, inocente, quase infantil, projetada fora, nos limites impenetráveis do outro – que também inocente, sonhava em creditar a sua felicidade em alguém. Não que a felicidade compartilhada seja impossível. Porque não é! Compartilhar é o primeiro pressuposto para se alcançar parte significativa do conceito de reciprocidade… O problema é a mão que aceita e como a gente entrega. É a inevitável dependência que se estabelece, e como tudo se transforma dentro de nós.

Hoje, ao contrário de ontem, quando olho através do tempo compreendo tudo de outro jeito. Acho que eu cresci e deixei a inocência perdida no fundo da gaveta. Ou talvez a vida, usando as suas armadilhas engenhosas, tenha conseguido me transformar. Porque é assim que a vida faz: Transforma essências suaves em ventania, só para moldar o nosso entendimento. Para forçar uma compreensão, quase incontestável, de que algumas coisas são intangíveis e imutáveis. Outras, complexas e incorrigíveis. Outras tantas – a maioria delas – desnecessárias e contraproducentes. E, algumas vezes, fica difícil mudar a rota quando ela é determinada por aquilo que conhecemos como destino. Mas ainda assim mudamos. Inevitavelmente, nós mudamos! Sobretudo, quando compreendemos que o amanhã é sempre o outro dia que vem, logo após o tempo presente. E ingênuo é aquele que acredita – e confia – nessa imutabilidade, esquecendo que o que traduz a vida é o conceito de transitoriedade.
Pois é… Quando aprendemos sobre o valor das transformações, é que desenvolvemos a habilidade de mudar os versos, para escrevermos um novo trecho da nossa história. Quando abrimos a janela, que descobrimos que a vida oferece em cada amanhecer, uma nova oportunidade de ser. E o baú da memória? É o lugar onde guardamos os nossos incontáveis recomeços… Foi assim que eu entendi que o meu peso diante da vida está naquilo que eu carrego dentro do meu peito: O maior amor do mundo! E o que dimensiona a minha essência é como eu lido com ele. De que adianta o conteúdo sem a destreza necessária para transformar tudo mais em alegria? Para entender o amor em mim, basta olhar para dentro do meu sorriso.

Agora, voltando ao início; ao tempo dos avessos dentro das minhas gavetas, vejo que a vida me moldou e mudou a direção das minhas certezas. Mas, ainda assim, apesar da insistência, ela não conseguiu transformar a minha essência. Não do jeito que pretendia… Porque contrariando as circunstâncias todas, eu continuo sorrindo. E sorrio por que a minha felicidade é independente.»

domingo, 16 de outubro de 2011

Aquário Vasco da Gama


Hoje fomos ao aquário Vasco da Gama.

Fomos até Belém, onde apanhámos o elétrico até Algés. O Afonsinho nunca tinha andado de elétrico e não achou grande piada e eu confesso que também não, porque era um elétrico moderno que mais parecia um autocarro, de elétrico só mesmo a cor...

(imagem retirada da Wikipédia)


 Já  combinámos e num próximo passeio, vamos a Lisboa, ao Castelo, para que ele possa ter a experiência de andar num verdadeiro eléctrico.

(imagem retirada da Wikipédia)

O Afonsinho portou-se muito bem mas, ao fim de algum tempo começou a dar sinais de impaciência. Não gostou das ontárias, estava muito calor e acabámos por não acompanhar a alimentação até ao fim e fomos à casa de banho, onde bebeu água, fez xixi e mudou de roupa, porque afinal ainda continuamos com temperaturas de verão.

Gostou das tartarugas, dos peixes mais coloridos e mais mexidos, de um polvo que não parava quieto, dos corais e das estrelas do mar.
Ainda visitámos o museu do aquário mas ele não achou muita piada.

À saida, a mana comprou comida para dar aos peixinhos (que são enormes e gordos) e ele com ajuda do papá esteve a dar comida aos peixes, sorrindo deliciado com  a "balburdia" que os peixes faziam...

Moral da história, o aquário é muito parado para ele, que gosta de movimentos e coisas dinâmicas. Para a semana continuamos com os nossos passeios.





O que é paralisia cerebral?

"A criança com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da postura e movimento, como consequência de uma lesão cerebral que atinge o cérebro em período de desenvolvimento.
(...)A criança com Paralisia Cerebral pode ter inteligência normal ou até acima do normal."

Retirado de "A criança com paralisia cerebral" - Guia para os pais e profissionais da saúde e educação APPC
Hoje caminho, o céu está azul, o sol brilha esplendoroso, oiço o chilrear dos passarinhos e o silêncio...
O silêncio no meu coração,
Os momentos, os meus momentos felizes...
Oiço o riso das crianças, cheiro a maresia que vem do mar, caminho descalça pela areia, continuo a sonhar.
Sonho, que o teu limite é o sonho e que o teu caminho, tem tantos obstáculos, uns já vencidos e outros, tantos outros, por vencer...
Dificil, é este nosso caminho mas, sei que embora seja feito devagar, muito devagar, sei que chegaremos ao destino deste nosso caminho que se faz caminhando...

Dina

Sou uma caminhante na estrada do aprendizado do amor. Às vezes, exausta, eu paro um pouquinho. Cuido das dores. Retomo o fôlego. Depois, levanto e seduzida, enternecida pelo chamado, cheia de fé, eu prossigo. Um passo e mais outro e mais outro e mais outro, incontáveis. Sei de cor que não é fácil, mas sei também que é maravilhoso olhar para o caminho percorrido e perceber o quanto a gente já avançou, no nosso ritmo, do nossos jeito, um passo de cada vez.

Ana Jácomo
E Deus continua susurrando: Não desista, o melhor ainda está por vir...
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.

Dalai Lama

O amor é um caminho que clareia, progressivamente, à medida em que o percorremos, como se cada passo nosso fizesse descortinar um pouco mais a sua luz.
A jornada é feita de dádivas e alegrias, mas também de imprevistos, embaraços, inabilidades, lições de toda espécie.
De vez em quando, tropeçamos nos trechos mais acidentados. Depois, levantamos e prosseguimos: o chamado do amor é irrecusável para a alma. Desistir dele, para ela, é como desistir de respirar.


Ana Jácomo
Quando eu deixei de olhar tão ansiosamente para o que me faltava e passei a olhar com gentileza para o que eu tinha, descobri que, de verdade, há muito mais a agradecer do que a pedir. Tanto, que às vezes, quando lembro, eu me comovo. Pelo que há, mas também por conseguir ver.

Ana Jácomo
Nem sempre querer é poder, porque às vezes a gente quer, mas ainda não pode. Ainda não consegue realizar.
Não faz mal: a vontade que é legítima, alinhada com a alma, caminha conosco, paciente, fresca, bondosa, até que a gente possa. Às vezes, isso parece muito longe, mas é só o tempo do cultivo. As flores, como algumas vontades, também desabrocham somente quando conseguem


Ana Jácomo
Depois de cada momento de fraqueza, meu coração prepara, em silêncio, uma nova fornada de coragem.
Às vezes cansa, sim, mas combinamos não desistir da força que verdadeiramente nos move.

Ana Jácomo

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