A piscina, a água, as inúmeras possibilidades de desenvolvimento que proporcionavam ao Afonso, foi desde muito cedo, uma das nossas grandes prioridades, de tal forma, que aos quatro meses e meio estávamos na piscina da Cidade Universitária a fazer testes e aos seis meses e um dia, 22 de junho de 2007, o Afonso iniciava, a terapia que maiores benefícios e maior desenvolvimento lhe trouxe.
Ao longo do nosso percurso, por motivos vários, fomos mudando de piscina e consequentemente de terapeuta.
Quando o Afonso começou as terapias na Liga, em março de 2008, começamos também a fazer hidroterapia na Liga mantendo a natação adaptada na Cidade Universitária. Com a entrada no colégio em outubro de 2008, o Afonso deixou de fazer piscina na Liga, por incompatibilidade horária e depois de muito procurar e graças à ajuda preciosa, da minha melhor e mais querida amiga, Cláudia, descobrimos o Solinca do Colombo e a terapeuta Rita.
Em dezembro de 2008, fizemos a avaliação mas na altura uma otite impedi-nos de começar de imediato mas, mesmo sem o conhecer, o Afonso foi convidado a participar na festa de Natal e começou assim a nossa aventura, muito bem sucedida, com a Rita.
Foram quatro anos de muitas aprendizagens, em que a hidroterapia se tornou a terapia favorita do Afonso e onde vimos evoluções fantásticas e muito improváveis, tendo em consideração o diagnóstico.
No inicio de outubro de 2012, uma divergência, grave, entre mim e a Rita acabou por nos fazer abandonar o Solinca, entretanto veio a consulta com o Prof. Abel Nascimento, a cirurgia e os meses de imobilização.
Em março o Afonso teve alta e iniciámos a procura de nova piscina, uma vez que na Liga a piscina estava inativa com uma avaria e voltar ao Solinca não era sequer hipótese.
Chegámos assim, com a ajuda de grandes amigos, à Municipália, a piscina municipal de Odivelas. Aqui, na avaliação, conhecemos uma terapeuta, também ela de nome Rita, que nos deixou entusiasmados e com a esperança de que tínhamos encontrado a "nossa" piscina. Os acessos eram bons, o estacionamento privilegiado em frente à entrada da piscina, as pessoas simpáticas, as instalações adequadas e bem equipadas para pessoas com necessidades especiais, quer os balneários, quer as piscinas, uma equipa multidisciplinar composta por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
A simpatia, afinal não era assim tão simpática, o estacionamento, nunca foi privilegiado, uma vez que as obras para arranjar o piso, iniciaram-se no dia da inscrição e os buracos por lá continuam, os balneários, bem equipados mas para além de nunca saberem da chave ou qual o balneário para o Afonso, estava sempre molhado e ainda tinha que ser partilhado com outras pessoas, que não hesitavam em fazer queixa, como nos aconteceu, porque apesar de ter a roupa toda guardada dentro do saco, cometi o crime de pendurar o casaco do Afonso no 3º cabide, quando havia "apenas" quatros cabides, como se fosse muito difícil pegar no casaco enorme e pesado de uma criança e pendura-lo no 2º cabide ou como se eu soubesse que nesse dia iria ter que partilhar o balneário com outra pessoa, o tempo de espera com o Afonso molhado porque alguém se tinha esquecido de entregar a chave ou ainda estava a usar o nosso balneário, a chamada de atenção com modos rudes e grosseiros, porque cometemos mais um crime e não usámos as botinhas de plástico quando íamos secar o cabelo ao Afonso, eu bem disse à senhora que não me importava que ela mas calçasse, uma vez que com o Afonso ao colo não é possível retirar as botinhas do dispensador e calça-las...
Chegámos assim, com a ajuda de grandes amigos, à Municipália, a piscina municipal de Odivelas. Aqui, na avaliação, conhecemos uma terapeuta, também ela de nome Rita, que nos deixou entusiasmados e com a esperança de que tínhamos encontrado a "nossa" piscina. Os acessos eram bons, o estacionamento privilegiado em frente à entrada da piscina, as pessoas simpáticas, as instalações adequadas e bem equipadas para pessoas com necessidades especiais, quer os balneários, quer as piscinas, uma equipa multidisciplinar composta por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
A simpatia, afinal não era assim tão simpática, o estacionamento, nunca foi privilegiado, uma vez que as obras para arranjar o piso, iniciaram-se no dia da inscrição e os buracos por lá continuam, os balneários, bem equipados mas para além de nunca saberem da chave ou qual o balneário para o Afonso, estava sempre molhado e ainda tinha que ser partilhado com outras pessoas, que não hesitavam em fazer queixa, como nos aconteceu, porque apesar de ter a roupa toda guardada dentro do saco, cometi o crime de pendurar o casaco do Afonso no 3º cabide, quando havia "apenas" quatros cabides, como se fosse muito difícil pegar no casaco enorme e pesado de uma criança e pendura-lo no 2º cabide ou como se eu soubesse que nesse dia iria ter que partilhar o balneário com outra pessoa, o tempo de espera com o Afonso molhado porque alguém se tinha esquecido de entregar a chave ou ainda estava a usar o nosso balneário, a chamada de atenção com modos rudes e grosseiros, porque cometemos mais um crime e não usámos as botinhas de plástico quando íamos secar o cabelo ao Afonso, eu bem disse à senhora que não me importava que ela mas calçasse, uma vez que com o Afonso ao colo não é possível retirar as botinhas do dispensador e calça-las...
Dentro de água, as coisas também não têm sido famosas, não pela terapeuta S., que começou com o Afonso nem pela terapeuta B., que se esforçaram por o conquistar e desenvolver um trabalho válido mas essencialmente pela falta de colaboração e participação do Afonso.
Para agravar a situação houve dias em que o ambiente estava frio, dias em que a água estava fria e não havia vaga no tanque de hidroterapia ou a água do próprio tanque estava fria, a total impossibilidade, ao contrário do que me foi dito na avaliação, de mudar de piscina quando estas situações aconteciam ou como tinha pedido na avaliação que a sessão terminasse sempre no tanque com água mais quente para realizar os exercícios, fundamentais, de relaxamento e mobiliação, não segundo a coordenadora era completamente impossível uma vez que as bactérias da água passariam de uma piscina para outra. Como? Então e as bactérias que as terapeutas traziam quando vinham a correr de uma sessão para a outra, mudando de piscina?
Para agravar a situação houve dias em que o ambiente estava frio, dias em que a água estava fria e não havia vaga no tanque de hidroterapia ou a água do próprio tanque estava fria, a total impossibilidade, ao contrário do que me foi dito na avaliação, de mudar de piscina quando estas situações aconteciam ou como tinha pedido na avaliação que a sessão terminasse sempre no tanque com água mais quente para realizar os exercícios, fundamentais, de relaxamento e mobiliação, não segundo a coordenadora era completamente impossível uma vez que as bactérias da água passariam de uma piscina para outra. Como? Então e as bactérias que as terapeutas traziam quando vinham a correr de uma sessão para a outra, mudando de piscina?
A burocracia, foi outro dos problemas que encontramos. Começamos logo mal, quando pagamos 15 dias de sessões, quando iniciamos as sessões quase no fim de Março, ficando assim com sessões por compensar, o que era extremamente complicado uma vez que fazíamos 5 sessões por semana e ao sábado era impossível compensar e tínhamos que faltar à Liga à 3ª feira para poder fazer as compensações.
Depois no mês de abril tivemos uma série de consulta, às quais não podíamos faltar o que nos fez ficar ainda com mais sessões por compensar, enfim uma trapalhada...
Neste mês de maio, já só com três sessões semanais, os dias combinado, seriam às 4ªs, 6ªs e domingos mas tivemos que alterar a sessão das 4ªs para as 2ªs. A terapeuta B. tinha horário disponível e assim ficou combinado.
Agora imaginem o meu espanto quando na 5ª feira, percebi que tinha um numero incontável de chamadas da coordenadora, nessa manhã enviei-lhe um SMS onde lhe explicava que o meu telemóvel tinha ficado em casa do meu pai, para além de ter tentado ligar, sem sucesso, para a Municipália. Durante a 5ª e 6ª feira os telefonemas sucederam-se. Uma vez que o local onde me encontrava não me permitia atender, acabei por enviar um sms com o contato do Fernando pedindo-lhe que entrasse em contato com ele, depois de mais e mais telefonemas a senhora lá decidiu falar com o Fernando. O recado urgente, que justificava tantos e tantos telefonemas, era que a sessão de 2ª feira, tinha que ser feita às 14h30 e com ela, ou seja, terapeuta ocupacional.
Enviei-lhe novo sms onde lhe dizia que já tinha combinado tudo com a terapeuta B. e que nesta altura pensava que era melhor o Afonso trabalhar só com ela, uma vez que estava mais adaptado (durante estes 2 meses o Afonso só fez 3 sessões com a TO) e mesmo assim, devido à falta de colaboração dele estava a ser extremamente difícil desenvolver um trabalho válido.
Enviei-lhe novo sms onde lhe dizia que já tinha combinado tudo com a terapeuta B. e que nesta altura pensava que era melhor o Afonso trabalhar só com ela, uma vez que estava mais adaptado (durante estes 2 meses o Afonso só fez 3 sessões com a TO) e mesmo assim, devido à falta de colaboração dele estava a ser extremamente difícil desenvolver um trabalho válido.
No sábado mais telefonemas e no fim do dia um sms, onde me informava que a sessão tinha que ser feita às 14h30 e com ela...
Aqui não falamos de pessoas mas do que é melhor para o Afonso e neste momento o melhor é trabalhar só com a fisioterapeuta, a B., que se tem mostrado uma profissional competente, que apesar de ter um menino que não faz praticamente nada e se recusa a colaborar, tem procurado diferentes estratégias para o cativar e motivar, uma enorme paciência, não o forçando mas também não desistindo de desenvolver um trabalho válido com ele.
Aqui não falamos de pessoas mas do que é melhor para o Afonso e neste momento o melhor é trabalhar só com a fisioterapeuta, a B., que se tem mostrado uma profissional competente, que apesar de ter um menino que não faz praticamente nada e se recusa a colaborar, tem procurado diferentes estratégias para o cativar e motivar, uma enorme paciência, não o forçando mas também não desistindo de desenvolver um trabalho válido com ele.
Existem dois motivos para as pessoas não atenderem o telemóvel, simplesmente não podem ou então não querem...
No meu caso ainda existem mais alguns, esquecer-me do telemóvel em vários sítios, a dormir no carro, por exemplo, acontece inúmeras vezes, esquecer-me de o tirar do silencio, deixa-lo em casa, estar nas terapias, estar com os meus filhos ou marido e simplesmente não o levar, todos os meus amigos e familiares já sabem que o mais fácil é mesmo ligar ao Fernando, quando não conseguem falar comigo, eu e o telemóvel não temos uma boa relação...
Não entendo, a sério que não entendo as pessoas mas o problema deve ser mesmo meu, uma vez que, como costumo dizer, sou um bocadinho ou mesmo muito anormal e além disso tenho um íman que atrai idiotas...
Resumindo e concluindo, como fui dizendo ao longo do mês de maio, aos terapeutas, em casa, à família, aos meus amigos "tenho saudades do Solinca e da Rita!"
Tenho saudades da Rita, do seu método de trabalho e da "desorganização" organizada do Solinca Colombo, longe da perfeição mas num ambiente familiar onde nos sentíamos em casa. Onde fazíamos menos sessões no inverno e compensávamos na primavera e no verão fazendo períodos intensivos com grandes benefícios para o desenvolvimento do Afonso.
Tenho saudades da Rita mas o pior de tudo é que o meu filho tem muitas saudades da Rita e não percebe porque os "grandes" se zangam e porque é que está naquela piscina.
Tenho saudades da Rita, apesar de todas as divergências que possam ter existido e existiram e foram graves, nunca ninguém me ouviu pôr em causa o excelente trabalho que desenvolveu com o Afonso ao longo dos quatro anos em que trabalhou com ele e como o importante é o meu filho e não as minhas divergências pessoais, voltar ao Solinca Colombo é, cada vez mais, uma forte probabilidade.
O fim das terapias aproxima-se, devido à cirurgia e às férias que vamos fazer antes da mesma e por isso e tendo em consideração a minha tentativa para aprender a relativizar as situações, vou simplesmente abdicar das sessões que tenho para compensar, simplesmente não estou para me aborrecer e muito menos por motivos que são obviamente internos e que nada têm a ver com o Afonso.
Adenda: Depois de ter escrito este post falei, novamente, com a terapeuta B. e afinal parece que sempre vamos conseguir fazer a sessão de 2ª, vamos ver se entretanto não vou receber mais nenhum telefonema...
O fim das terapias aproxima-se, devido à cirurgia e às férias que vamos fazer antes da mesma e por isso e tendo em consideração a minha tentativa para aprender a relativizar as situações, vou simplesmente abdicar das sessões que tenho para compensar, simplesmente não estou para me aborrecer e muito menos por motivos que são obviamente internos e que nada têm a ver com o Afonso.
Adenda: Depois de ter escrito este post falei, novamente, com a terapeuta B. e afinal parece que sempre vamos conseguir fazer a sessão de 2ª, vamos ver se entretanto não vou receber mais nenhum telefonema...
1 comentário:
Bom dia querida, e que esta semana seja melhor em todo o sentido!
Força, pois com ela vais conseguir ultraçar as rasteiras que muitas pessoas são peritas e gostam de fabricalas...que bom seria se fossem realmentes pessoas preocupadas em facilitar a vida e não a complica-la mais, mas ainda têm muito que caminhar....
Beijossssssssssssss com muito carinho e força <3
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