Hoje dirigimos-nos a Coimbra para mais uma consulta.
O Afonso foi sentado na cadeira, a primeira grande viagem, 210 km, sem birras.
A perna está a recuperada. O joelho já dobra. As indicações mantêm-se, não pode fazer mobilização da perna, tem que continuar a dormir com a tala, fazer muita carga mas já pode fazer standing com a tala de barbas, já pode diminuir a piscina para 3x por semana e precisa de trabalhar o controlo de tronco com eletro-estimulação diária. Disse-nos para não nos preocuparmos com o dobrar da perna, uma vez que ele irá dobrando à medida que se sinta confortável e na verdade ele precisa é de manter a perna em extensão e quanto mais tempo demorar a dobrar a perna na totalidade melhor, uma vez que permite um melhor alinhamento ósseo.
A grande novidade, que não é assim tão grande, porque já tinha sido falada, é que tem que ser operado à perna esquerda. Esta operação será para fazer alongamento do tendão por trás do joelho e transferências de músculos motores à semelhança do que foi feito na primeira cirurgia, com a grande diferença que na primeira tivemos duas cirurgias numa só.
Será uma operação menos complicada, com menos tempo de bloco operatório, o mesmo período de internamento e com um menor tempo de recuperação. O professor falou-nos em cinco semanas, eu acrescentei mais três, ou seja oito, tendo em consideração a experiência da primeira cirurgia, vamos ver...
A cirurgia ficou marcada para 27 de maio. Como tudo na vida há vantagens e desvantagens.
As vantagens é que já que tem que ser operado mais vale ser rapidamente, uma vez que agora temos uma perna com extensão total, com o pé assente no chão e outra com um tendão em tensão que precisa de muita mobilização e esforço para que alongue na totalidade e mesmo assim não fica igual à direita. Já perdeu praticamente toda a pré-primária, perdeu meses de terapias e assim, se tudo correr dentro do esperado em setembro, estará em condições de voltar à sua rotina habitual: jardim de infância e terapias.
A grande desvantagem é que vamos apanhar o calor, da primavera e do verão, com uma perna imobilizada mas, apesar de acharmos que não vais ser fácil mas quando falamos do Afonso, nunca nada é fácil, pensamos que ele e nós vamos superar mais este grande desafio, que lhe vai trazer, temos a certeza, grandes evoluções e novas competências motoras.
Daqui a pouco tempo voltamos ao nosso dia à dia em jeito diário...
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