Hoje fomos a Coimbra, uma viagem tranquila, perfeita. O Afonso estava ansioso e com medo de tirar o gesso mas conseguiu acalmar-se e a viagem correu muito bem.
Após avaliação da perna, que foi feita recorrendo a um afastador, foi possível observar que o penso se apresenta limpo, sem qualquer cheiro ou seja sem qualquer vestígio de infeção. O Afonso vai manter a tala de gesso mais três semanas. Esta decisão foi tomada pelo médico com a nossa aprovação.
Quando o Afonso foi tirar o "cravo" da perna, o joelho ainda apresentava alguma mobilidade. Esta situação tem a ver com a lesão, que foi danificando a patela e com a própria anatomia do joelho, uma vez que a patela do Afonso é mais plana do que o usual, situação normal em crianças com esta patologia.
Este reforço de mais três semanas é uma tentativa para garantir que o alinhamento ósseo fica mais forte.
Por agora adiamos os planos, regresso ao jardim de infância, à fisioterapia e à hidroterapia. Planos adiados com a expectativa de conseguirmos a melhor reabilitação possível da perna.
«A patela é um osso tipo sesamóide (que fica no meio de um conjunto tendinoso), com formato triangular, e localizado na frente do joelho. Possui no pólo superior a inserção da musculatura anterior da coxa (Quadríceps) e no pólo distal a origem do Ligamento Patelar. Tem como funções a melhora do movimento de flexo-extensão (polia) e proteção às estruturas internas. É um componente fundamental do chamado aparelho extensor do joelho.
Possui conexões com praticamente todas as estruturas articulares, sofrendo assim ação de forças multidirecionais, que quando não bem equilibradas podem gerar sobrecargas e conseqüentemente condropatias ou luxações. Outro fator que influi na biomecânica patelar é o alinhamento do membro inferior (normalmente com valgo discreto) e o ângulo do aparelho extensor (ângulo Q).
Na face voltada para o interior do joelho existem múltiplas facetas para articular com a tróclea do fêmur, sendo a lateral a maior. Estas facetas, tal qual a superfície óssea em contato, são revestidas pela cartilagem articular, o que permite o deslizamento patelo-femoral.
Durante a flexão do joelho partindo da extensão total, a patela encontra-se inicialmente “livre”, e começa a encaixar na tróclea do fêmur conforme a progressão do movimento. A anatomia troclear permite uma união perfeita (tipo chave-fechadura). Conforme a flexão aumenta, o contato ósseo torna-se maior, e a pressão nas facetas articulares cresce proporcionalmente. Quaisquer alterações nas forças atuantes sobre a patela, ou imperfeições nas superfícies ou formato ósseo, podem precipitar o aparecimento de lesões na cartilagem.»
retirado de http://www.amato.com.br/consultorio-medico/content/patela
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