No dia que o Afonso foi para a enfermaria, duas médicas a Drª G. e a Drª F. (interna) fizeram um exame ao Afonso. Quando a Drª G. pegou nas mãos do Afonso e o levantou a cabeça ficou toda para trás, caída. Ora muito bem, o diagnóstico estava feito, abanou a cabeça, pôs o rótulo e a partir desse dia nunca mais viu o Afonso, sendo acompanhado pela Drª F.
O Afonso continuava internado porque não conseguia mamar e continuava entubado com sonda.
Um dia, imaginem, a Drª G. apareceu porque o Afonso chorava muito de noite. É então que entra em cena o neurologista, Dr. J. C. (que ainda hoje acompanha o Afonso). A senhora Drª queria OBRIGAR o neurologista a SEDAR o Afonso. O bebé estava irritado (como fiquei a odiar esta palavra), chorava muito, blá, blá, blá, até que eu lhe disse que quem já estava a ficar irritada era eu...
Naquela tarde chorei, chorei, chorei... Acho que chorei tudo o que tinha para chorar e disse aos médicos e enfermeiros que ninguém dava NENHUM medicamento ao meu filho sem a minha autorização.
Nessa tarde percebi de forma violenta, que a vida deste menino estava rotulada mas, a partir deste dia passámos a ficar 24 horas com o Afonso, e percebemos com tristeza, como funciona a enfermaria de pediatria de um hospital, aprendemos a entubar o Afonso, e não nos calámos até que dia 22 de Janeiro, 32 longos dias após o nascimento do Afonsinho o trouxemos para casa ainda entubado...
Sem comentários:
Enviar um comentário